
Trade da eleição: 10 ações para estar posicionado
24 Mar 2025 às 17:25 · Última atualização: 24 Mar 2025 · 3 min leitura
24 Mar 2025 às 17:25 · 3 min leitura
Última atualização: 24 Mar 2025
Divulgação
A JBS (JBSS3), uma das maiores empresas do setor de alimentos do Brasil e do mundo, está mais próxima de realizar sua aguardada listagem nas bolsas dos Estados Unidos. A holding controladora do frigorífico, J&F, anunciou recentemente um acordo com o BNDES, resolvendo um dos principais obstáculos para a operação.
O acordo garante que o BNDESPar, maior acionista minoritário da JBS, se absterá de votar contra a dupla listagem da empresa no mercado norte-americano. Em troca, o banco terá direito a uma compensação futura, que visa protegê-lo caso as ações da companhia não se valorizem até um patamar ainda não divulgado.
A notícia gerou um impacto imediato no mercado, com a ação da JBS disparando 17,89%, alcançando o preço de R$ 38,61. Nos últimos 5 dias, a empresa acumula alta de quase 12%.
Para analistas do mercado, como Felipe Paletta, da EQI Research, essa evolução é um sinal claro de que a empresa está criando os alicerces para conquistar mais investidores estrangeiros, especialmente no mercado dos Estados Unidos, onde mais de 50% de seus resultados são gerados.
“A JBS é mais do que uma empresa brasileira, é uma companhia global, com forte presença no mercado norte-americano. O fato de ainda não estar listada nos Estados Unidos acaba criando um desconto no valor da empresa em relação aos seus pares que já operam no mercado americano”, explica Paletta.
A ausência de uma listagem no exterior gerava uma disparidade considerável nos múltiplos da JBS em comparação com competidores globais, como a Tyson Foods. Antes do anúncio, o desconto em relação à Tyson era de cerca de 50%. Após a confirmação do acordo com o BNDES, as ações da JBS dispararam, sinalizando uma reprecificação inicial do ativo no mercado.
No entanto, o analista alerta que essa reprecificação ainda está em estágios iniciais. Segundo ele, embora o movimento seja promissor, a JBS ainda enfrenta desafios para concretizar a listagem nos Estados Unidos, prevista para ocorrer até 31 de dezembro de 2026.
“Apesar do otimismo, ainda há um desconto considerável, especialmente pela presença mais discreta da JBS no setor de alimentos processados em comparação com seus concorrentes norte-americanos. Mas, a médio e longo prazo, a tendência é que a empresa consiga reduzir esse ‘desconto’ e atingir um patamar mais justo em relação aos seus pares”, destaca Paletta.
A possibilidade de uma listagem no exterior, portanto, é vista como uma oportunidade de destravar valor para a empresa e aumentar sua competitividade no mercado global. O movimento de reprecificação pode ser uma das chaves para a JBS fortalecer ainda mais sua posição no setor de alimentos, conquistando uma avaliação mais condizente com seu porte e presença internacional.
Você leu sobre a JBS. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!
O conteúdo foi útil para você?
Trade da eleição: 10 ações para estar posicionado
Autorizo o envio das minhas informações de acordo com os termos de uso.
Editorias