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Dividendos globais alcançam US$ 431,1 bilhões no terceiro trimestre 

Dividendos globais alcançam US$ 431,1 bilhões no terceiro trimestre 

Os dividendos globais atingiram a marca de US$ 431,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24), representando um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme o último relatório Janus Henderson Global Dividend Index. Apesar do crescimento, a alta foi mais moderado em comparação com trimestres anteriores, refletindo impactos pontuais de cortes de grandes empresas e uma queda nos dividendos especiais. 

A Vale (VALE3) foi a primeira empresa brasileira e latino-americana entre as 1.200 monitoradas pela Janus Henderson para o relatório, com US$ 1,8 bilhão pagos, seguida pela Petrobras (PETR4), com US$ 1,41 bilhão. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 2,1% no volume de dividendos das companhias nacionais consideradas no índice.

De acordo com o relatório, os mercados emergentes, liderados pela China, foram impulsionados por pagamentos recordes, com destaque para a Alibaba (BABA34), que iniciou sua distribuição de dividendos. Os provnetos chineses subiram 15,4% em termos nominais, alcançando US$ 44,6 bilhões, representando mais da metade dos pagamentos dos mercados emergentes no trimestre. 

Já nos Estados Unidos, o crescimento foi significativo, atingindo 10% em uma base subjacente, com 96% das empresas aumentando ou mantendo seus pagamentos. Empresas de tecnologia como Alphabet e Meta começaram a distribuir dividendos, contribuindo para o desempenho robusto do país. 

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Dados sobre pagamento de dividendos no mundo. Fonte: Janus Henderson

Dividendos globais: Ásia-Pacífico teve impacto nos dividendos

Já na Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, os dividendos foram impactados negativamente pela fraqueza em mercados como Austrália e Taiwan. No entanto, Singapura destacou-se com aumentos substanciais, principalmente impulsionados por seus bancos. 

Entre os setores, os bancos e as empresas de comunicação, incluindo gigantes da internet, foram os maiores contribuintes para o crescimento dos dividendos. Em contrapartida, os setores de mineração e transporte registraram os maiores cortes, com destaque para a Evergreen Marine, de Taiwan, e a Glencore, no Reino Unido, que impactaram a taxa de crescimento global em 3,4 pontos percentuais. 

Apesar do crescimento mais moderado, a Janus Henderson manteve sua projeção de aumento subjacente de 6,4% nos dividendos para 2024. Entretanto, a previsão nominal foi reduzida para US$ 1,73 trilhão, considerando a diminuição de dividendos especiais. 

Jane Shoemake, da equipe de rendimento de ações globais da Janus Henderson, destacou que o cenário econômico global se mantém resiliente, com empresas capitalizadas e rentáveis, mesmo em um ambiente de taxas de juros elevadas.

“Até agora, as preocupações de que taxas de juro mais elevadas possam causar uma pressão significativa na economia global têm sido equivocadas. As empresas relatam que está ficando mais fácil refinanciar dívidas e que os bancos estão bem capitalizados e gerando bons retornos, mesmo quando as taxas de juros caem, com as dívidas incobráveis permanecendo sob controle”, disse ela.

Ranking das empresas

No ranking das empresas pagadoras em todo o mundo, a liderança ficou com o China Construction Bank Corporation, com US$ 13,5 bilhões, seguidos pela China Mobile Limited (US$ 6,86 bilhões) e a Petrochina (US$ 6,83 bilhões).

O quarto lugar ficou com a americana Microsoft (US$ 5,57 bilhões) e o quinto foi da Alibaba (US$ 4,26 bilhões), que distribuiu dinheiro aos acionistas pela primeira vez no ano. A China também representou mais da metade dos dividendos pagos por mercados emergentes, que avançaram 1,4% em uma base subjacente.

Mais dividendos em 2025

A executiva disse ainda que a rentabilidade das empresas na maior parte do mundo parece robusta e implica que o crescimento dos dividendos pode continuar até 2025. Os dividendos, em qualquer caso, mostram um crescimento mais constante do que os lucros ao longo do tempo, à medida que as empresas procuram gerir os índices de pagamento ao longo do ciclo económico.

“É neste contexto que deve ser visto um crescimento aparentemente mais lento no terceiro trimestre. Continuamos confiantes de que o crescimento subjacente deste ano estará em linha com o forte desempenho do primeiro semestre”, completou.

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