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Quando as ações pagam dividendos?

Quando as ações pagam dividendos?

De todas as perguntas para quem busca investir em empresas listadas em bolsa, saber quando as ações pagam dividendos é uma das mais comuns. Afinal, além de estarem interessados na valorização do ativo, os investidores também querem saber dos dividendos, que oferecem uma forma de rendimento adicional, que pode ser especialmente atrativa para quem busca construir uma renda passiva ao longo do tempo.

Para investidores iniciantes, é comum surgirem dúvidas: o que são dividendos? Quando exatamente as ações pagam esses proventos? Para onde vão esses valores, e como o acionista pode acessá-los? Neste guia completo, você encontrará todas essas respostas e entenderá como aproveitar ao máximo os dividendos das suas ações.

O que são dividendos?

Parte do lucro das empresas, os dividendos nada mais são do que “o que sobra” desse lucro, distribuído periodicamente aos acionistas. Essa distribuição é uma maneira de recompensar os investidores que apostaram no crescimento da companhia.

A legislação brasileira determina que empresas listadas na Bolsa de Valores (de capital aberto) distribuam no mínimo 25% do lucro líquido ajustado aos seus acionistas. Esse percentual pode variar, pois algumas empresas optam por um percentual maior, enquanto outras podem pagar menos, dependendo de sua política de dividendos.

Os dividendos podem ser distribuídos em diferentes formas, como:

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  • Dinheiro: valor creditado diretamente na conta do investidor através da instituição de investimento onde ele mantém a carteira;
  • Ações adicionais: novas ações da empresa são distribuídas aos acionistas proporcionalmente à sua participação;
  • Juros sobre Capital Próprio (JCP): uma modalidade similiar aos dividendos, mas com retenção de 15% de imposto de renda na fonte.

Por exemplo, imagine que uma empresa gerou R$ 10 milhões de lucro em um trimestre e vai distribuir 40% desse valor como dividendos. Se você tiver 1.000 ações da empresa, receberá um valor proporcional à sua participação, de acordo com a quantidade de ações emitidas pela companhia.

Quando uma empresa é pagadora de dividendos?

Nem todas as companhias distribuem dividendos de forma regular ou em períodos iguais. Para determinar se uma empresa é boa pagadora, é essencial avaliar alguns aspectos, saiba quais são eles:

Lucro e estabilidade financeira

Uma empresa precisa ser lucrativa para distribuir dividendos. Empresas com fluxo de caixa consistente, baixa dívida e alta geração de receitas geralmente são mais confiáveis nesse quesito.

Setor de atuação

Alguns setores de companhias são conhecidos por oferecer dividendos regulares. Confira quais são:

  • Energia elétrica: empresas como Engie (EGIE3) e Taesa (TAEE11) frequentemente distribuem bons dividendos;
  • Bancos: grandes bancos, como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), têm histórico de pagamentos consistentes;
  • Saneamento básico: empresas como Sabesp (SBSP3) e Copasa (CSMG3) são exemplos no setor.

Já empresas de setores emergentes, como tecnologia e startups, geralmente reinvestem a maior parte de seus lucros para acelerar o crescimento, e, por isso, tendem a pagar poucos ou nenhum dividendo.

Política de dividendos

Empresas maduras costumam incluir uma política de dividendos em seus estatutos, com o objetivo de atrair investidores de perfil conservador. É importante verificar os relatórios anuais da companhia e acompanhar o histórico de distribuição de lucros.

Crises e cenários excepcionais

Mesmo empresas consideradas boas pagadoras podem reduzir ou suspender dividendos em momentos de crise econômica ou financeira. Foi o que ocorreu em 2020, durante a pandemia de COVID-19, quando muitas empresas priorizaram a preservação de caixa.

Como funciona a distribuição de dividendos?

A distribuição de dividendos segue um cronograma pré-estabelecido, que inclui as seguintes datas:

  • Data de Declaração: é o dia em que o conselho administrativo da empresa anuncia oficialmente o pagamento dos dividendos, informando o valor e as datas relacionadas;
  • Data Ex-Dividendos: também chamada de data “ex”, é a data a partir da qual as ações passam a ser negociadas sem direito ao dividendo anunciado. Para receber o pagamento, o investidor precisa estar posicionado nas ações antes dessa data;
  • Data de Registro: neste momento, a empresa identifica os acionistas que terão direito aos dividendos. É uma espécie de “fechamento de lista”;
  • Data de Pagamento: é o dia em que o valor dos dividendos é creditado na conta do investidor.

Exemplo prático de cronograma:

Imagine que a empresa ABCD anunciou, em 1º de março, o pagamento de R$ 2 por ação. A data ex-dividendos foi marcada para 10 de março, a data de registro para 12 de março e o pagamento, para 15 de março. Quem comprou ações da ABCD até 9 de março terá direito a receber os R$ 2 por ação em 15 de março.

Quando as ações pagam dividendos?

O pagamento de dividendos pode variar conforme a política de cada empresa. Algumas distribuem lucros trimestralmente, enquanto outras o fazem semestralmente ou até anualmente.

A regularidade também depende de fatores como:

  • Resultados financeiros obtidos pela companhia;
  • Decisões do conselho administrativo;
  • Exigências legais e regulamentares do país onde a empresa está registrada.

Para onde vão esses proventos e como acesso eles?

Os dividendos pagos pelas empresas são creditados diretamente na conta da corretora vinculada ao CPF do investidor. Não há necessidade de solicitar o valor, pois a transferência ocorre automaticamente.

Após o depósito, o investidor pode:

  • Reinvestir: utilizar os valores recebidos para comprar mais ações ou outros ativos, aumentando o potencial de crescimento da carteira;
  • Sacar: Transferir o dinheiro para sua conta bancária para uso pessoal.

Como acompanhar os pagamentos?

Na plataforma da corretora, o investidor pode verificar:

  • Extratos de dividendos recebidos.
  • Relatórios de performance.
  • Histórico de distribuição de proventos de cada ativo.

Exemplo: Ao acessar a aba de proventos na sua corretora, você pode visualizar que a empresa “ABC” creditou R$ 1,50 por ação, totalizando R$ 150,00 para uma posição de 100 ações.

Estratégias para investir em ações que pagam dividendos

Se o objetivo é aproveitar os dividendos como fonte de renda, é importante ter uma estratégia bem definida. Aqui estão algumas dicas:

  • Foque no histórico de dividendos: analise o desempenho passado das empresas. Empresas com histórico consistente são mais confiáveis para um investidor que busca renda recorrente;
  • Diversifique a carteira: diversifique os setores e empresas que compõem sua carteira. Isso reduz o risco de depender de uma única fonte de dividendos;
  • Calcule o Dividend Yield (DY): o Dividend Yield é um indicador que mede o retorno dos dividendos em relação ao preço da ação. Exemplo: Se uma ação custa R$ 50,00 e paga R$ 5,00 em dividendos anuais, seu Dividend Yield é de 10%;
  • Invista com foco no longo prazo: o reinvestimento de dividendos pode gerar um efeito de “juros compostos”, aumentando significativamente o patrimônio ao longo do tempo.

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