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“Crescidendos”: descubra 3 ações que conciliam pagamento de dividendos com crescimento

“Crescidendos”: descubra 3 ações que conciliam pagamento de dividendos com crescimento

No universo dos investimentos em ações, dois perfis costumam dominar: os que buscam crescimento acelerado e os que priorizam renda via dividendos. Mas e se fosse possível unir o melhor dos dois mundos? É o que propõe o analista João Zanott, da EQI Research, ao apresentar o conceito das chamadas “crescidendos” – empresas capazes de equilibrar o pagamento consistente de dividendos com estratégias sólidas de crescimento.

“São as empresas de crescidendos”, brinca Zanott. “Elas conseguem dividir seus lucros entre remuneração ao acionista e reinvestimento em expansão. Mas é preciso uma estratégia perene e sustentável para que esse equilíbrio se mantenha ao longo do tempo”, explica.

Segundo o analista, o ideal é fugir de companhias que distribuem dividendos muito altos apenas para atrair investidores, pois isso pode distorcer o preço justo da ação no mercado. Em vez disso, ele destaca três empresas brasileiras que estão conseguindo manter essa conciliação saudável entre crescimento e retorno ao acionista.

foto de João Zanott, analista
João Zanott, analista da EQI Research

Dividendos + crescimento: veja 3 empresas recomendadas

Confira as recomendações selecionadas por Zanott:

1. Copel (CPLE6): eficiência após a privatização

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é a primeira da lista. Privatizada em 2023, a empresa passou a operar com mais eficiência e foco estratégico. Atualmente, sua atuação é dividida em três frentes: distribuição (50% da receita), geração (27%) e transmissão de energia (20%).

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Desde a privatização, a Copel vendeu ativos considerados não estratégicos, liberando caixa para distribuir dividendos robustos.

“O destaque é que a empresa está com endividamento baixo e definiu uma política de distribuir pelo menos 75% do lucro líquido em dividendos, o que pode abrir espaço até para dividendos extraordinários”, explica Zanott.

Além disso, a Copel (CPLE6) anunciou investimentos agressivos para fortalecer sua rede no Paraná, estado onde já detém a concessão e conhece bem o território. Assim, ela promete entregar crescimento orgânico com rentabilidade. “É um modelo ideal de crescidendo”, resume o analista.

A nova política de dividendos da Copel prevê pagamentos no mínimo duas vezes por ano, trazendo previsibilidade e fortalecendo sua posição entre as principais elétricas da bolsa nesse quesito.

2. Eletrobras (ELET3): gigante com energia “em estoque”

Outra ex-estatal que figura na lista de Zanott é a Eletrobras (ELET3), privatizada em 2022. Apesar de a expectativa para os próximos 12 meses ser de um dividend yield mais modesto (entre 4% e 5%), o analista destaca o grande potencial da companhia no médio e longo prazo.

“Ela talvez seja a empresa com mais energia em estoque no Brasil”, aponta.

Isso porque a Eletrobras tem um volume significativo de energia descontratada – ou seja, que pode ser vendida a preços de mercado, em vez de contratos fixos. Com uma base majoritariamente hidrelétrica, essa energia se torna cada vez mais valorizada diante da busca por fontes limpas.

A empresa está investindo pesado em modernização e novos projetos, com a expectativa de aumentar sua eficiência e rentabilidade.

“É uma tese parecida com a da Copel, mas com uma defasagem temporal. A valorização deve vir com a melhoria dos resultados ao longo dos próximos trimestres.”

3. Banco do Brasil (BBAS3): dividendo generoso com expansão no crédito

Fora do setor elétrico, o Banco do Brasil (BBAS3) também aparece como uma aposta entre os “crescidendos”. A instituição distribui cerca de 45% do lucro líquido em dividendos – o que em 2024 já resultou em um yield de aproximadamente 10% – e reinveste a outra metade.

Zanott aponta que o banco vem conseguindo crescer de forma consistente, especialmente em linhas de crédito como o consignado e o agronegócio.

“A carteira de crédito do BB cresceu mais de 15% desde o final de 2023. Ou seja, ele está conseguindo pagar dividendos altos e ainda crescer.”

Para o analista, o Banco do Brasil mostra que não é preciso escolher entre ser uma boa pagadora de dividendos ou uma empresa em expansão: “Ela está entregando os dois.”

“Mesmo após um resultado bastante fraco no primeiro trimestre, seguimos com a recomendação de manter o papel em nossa carteira de dividendos”, afirma.

Recentemente, o BB divulgou um resultado que decepcionou o mercado, com queda de 20% no lucro e recuo de mais de 13% nas ações logo após a divulgação. O aumento da inadimplência, especialmente no agronegócio, e a revisão das metas do próprio banco acenderam um sinal de alerta entre os investidores. Mesmo assim, Zanott acredita que esse cenário negativo já está, em boa parte, no preço atual da ação. 

Quer conhecer outras empresas que combinam bons dividendos com crescimento?

Se quiser conhecer mais recomendações, clique aqui para acessar o relatório completo da EQI Research com a carteira atualizada das maiores pagadoras de dividendos da bolsa.

“Crescidendos”: veja 3 ações recomendadas