A Coca-Cola (KO; $COCA34) lucra US$ 3,81 bilhões no segundo trimestre de 2025, superando as estimativas dos analistas e demonstrando resiliência em meio a um cenário global desafiador. Impulsionado principalmente pela forte demanda na Europa, o desempenho da companhia compensou quedas em outras regiões e manteve sua receita em alta.
Segundo relatório divulgado nesta terça-feira (22), o lucro líquido atribuível aos acionistas foi de US$ 3,81 bilhões, ou 88 centavos por ação. No mesmo período do ano passado, a empresa havia registrado lucro de US$ 2,41 bilhões (56 centavos por ação). Excluindo ajustes contábeis como perdas de ativos e encargos de reestruturação, o lucro ajustado por ação ficou em 87 centavos, acima dos 83 centavos esperados por Wall Street.
Receita e desempenho regional
A receita líquida ajustada da Coca-Cola lucrou US$ 12,62 bilhões, superando os US$ 12,54 bilhões projetados por analistas. No comparativo anual, as vendas líquidas cresceram 1%, enquanto a receita orgânica — que desconsidera variações cambiais, aquisições e alienações — subiu 5%.
Apesar disso, o volume global de unidades vendidas caiu 1% no trimestre. Regiões como América do Norte (-1%), América Latina (-2%) e Ásia-Pacífico (-3%) registraram retração, reflexo da instabilidade econômica e geopolítica que afetou a confiança do consumidor. Por outro lado, a região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA) foi o destaque positivo, com aumento de 3% no volume.
Segmentos de produto em desaceleração
O segmento de refrigerantes com gás, incluindo o icônico refrigerante Coca-Cola, teve queda de 1% no volume. Já a divisão de sucos, laticínios e bebidas à base de plantas caiu 4%. O setor de águas, isotônicos, chás e cafés teve desempenho estável, com o crescimento no consumo de café equilibrando perdas em outras bebidas.
Nova aposta e previsão para o ano
Em busca de inovação e maior apelo ao consumidor, a Coca-Cola anunciou que lançará nos Estados Unidos, ainda este ano, uma versão de sua cola clássica adoçada com açúcar de cana. A iniciativa visa capturar tendências de consumo mais voltadas a ingredientes naturais.
Para 2025, a empresa revisou sua projeção de crescimento do lucro ajustado por ação para 3%, no teto da faixa anteriormente estimada. Já a expectativa de crescimento da receita orgânica foi mantida entre 5% e 6%.
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