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Coca-Cola (COCA34) supera expectativas com lucro de US$ 3,33 bi no 1TRI25

Coca-Cola (COCA34) supera expectativas com lucro de US$ 3,33 bi no 1TRI25

A Coca-Cola (KO; COCA34) registrou lucro líquido de US$ 3,33 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1TRI25), equivalente a US$ 0,77 por ação, superando os US$ 3,18 bilhões, ou US$ 0,74 por ação, obtidos no mesmo período do ano anterior. O lucro ajustado por ação atingiu US$ 0,73, acima dos US$ 0,71 esperados pelo mercado. 

A receita ajustada da companhia alcançou US$ 11,22 bilhões, também superando as projeções de mercado de US$ 11,14 bilhões. Em termos brutos, a receita líquida da empresa registrou queda de 2%, para US$ 11,13 bilhões. 

Já a receita orgânica, que exclui aquisições, desinvestimentos e efeitos cambiais, cresceu 6% durante o trimestre, impulsionada principalmente pelos aumentos de preços implementados pela empresa.

O volume global de vendas cresceu 2% no período, com destaque para o desempenho em mercados emergentes como Índia, China e Brasil. O segmento de refrigerantes, que inclui o produto principal da empresa, registrou aumento de volume de 2%, com destaque para a Coca-Cola Zero Açúcar, que cresceu 14% no período.

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Balanço da Coca-Cola: previsões mantidas apesar do cenário de tarifas

Em contraste com sua principal concorrente, a Coca-Cola manteve suas projeções financeiras para 2025, afirmando que os efeitos dos conflitos comerciais globais serão “administráveis”. A empresa continua prevendo um crescimento de receita orgânica entre 5% e 6%, com aumento do lucro por ação comparável entre 2% e 3%.

A decisão ocorre uma semana após a PepsiCo (PEP; PEPB34) reduzir sua previsão de lucro por ação para o ano, citando como motivos as novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, a volatilidade econômica e um consumidor mais cauteloso. 

A Coca-Cola explicou que suas operações são “primariamente locais”, embora custos como alumínio e suco de laranja possam aumentar devido às guerras comerciais.

É preciso separar sentimento de comportamento, e por isso é muito importante que não estejamos respondendo ao sentimento, mas sim ao comportamento“, afirmou o CEO da Coca-Cola, James Quincey, durante teleconferência com analistas, acrescentando que a empresa manterá seus planos de preços para o ano.

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Desempenho por região e categoria

A América do Norte apresentou desempenho abaixo do esperado no trimestre. Enquanto a demanda fora de casa permaneceu forte, os consumidores compraram menos bebidas da empresa em supermercados.

Além dos desafios com clima severo e mudanças no calendário, o volume foi impactado pelo enfraquecimento do sentimento do consumidor à medida que o trimestre avançava, particularmente entre consumidores hispânicos“, disse Quincey.

Em fevereiro, rumores espalhados nas redes sociais alegavam que a Coca-Cola havia denunciado trabalhadores sem documentação às autoridades de imigração nos EUA. A empresa negou as acusações, mas Quincey afirmou que os vídeos “completamente falsos” prejudicaram o tráfego, principalmente nos estados do sul dos EUA.

Quanto às diferentes categorias de produtos:

  • Refrigerantes: aumento de volume de 2%, com destaque para o crescimento de 14% da Coca-Cola Zero Açúcar
  • Sucos, laticínios de valor agregado e bebidas à base de plantas: crescimento de volume de 1%, incluindo marcas como Fairlife, Simply Beverages e Minute Maid
  • Água, bebidas esportivas, café e chá: crescimento de volume de 2%, graças à maior demanda por água, enquanto bebidas esportivas e marcas de café registraram queda no volume, e o chá permaneceu estável

Durante o trimestre, alguns mercados melhoraram sequencialmente, enquanto outros enfrentam incerteza macroeconômica e tensões geopolíticas que impactaram a confiança do consumidor e comportamentos de consumo“, explicou Quincey aos analistas.