O caso Gafisa (GFSA3) continua com um novo capítulo. A empresa conseguiu na 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro tutela de urgência em caráter antecedente pleiteada pela companhia o bloqueio das ações da Esh Capital bem como de seu gestor, Vladimir Joelsas Timerman. Em fato relevante, a construtora informou que a decisão jurídica determinou o bloqueio imediato e a indisponibilidade: das ações da Gafisa de titularidade dos fundos de investimentos geridos pela Esh (Esh Theta 18 FIC FIM, Esh Theta Master FIM e Águia Dourada); e das cotas de tais fundos de investimento. A decisão da justiça dá conta de que a gestora teria praticado o chamado “greenmail”, considerado uma prática ilícita e ainda determinou que seja interrompida outras ações como “atos de ataques e contestações públicas ou privadas, perpetuadas de forma maliciosa às decisões e deliberações tomadas pelos administradores dos autores, com o objetivo de pressionar as Companhias [a Gafisa e a Gafisa Rio], como por exemplo, postagens em redes sociais, participação em eventos presenciais ou virtuais, e divulgação de conteúdo gravado”. Caso Gafisa (GFSA3): bloqueio será pedido à B3 ($B3SA3) A construtora informou ainda que a decisão determina, ainda, o envio de ofícios à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), à B3 ($B3SA3) ao Ministério Público, à instituição custodiante das ações da companhia e à administradora fiduciária do fundo para as medidas sejam tomadas para o cumprimento da decisão. O caso Gafisa tem sido uma batalha acionária na companhia. Na sexta-feira (22), a Esh Capital havia entrado com pedido pré-arbitral, cujo valor da causa é de R$ 50 mil. Além disso, a cautelar envolve a suspensão dos efeitos da operação de aumento de capital social deliberada pelo conselho de administração da companhia com valores mínimo de R$ 157,2 milhões e máximo de R$ 550,2 milhões, conforme aviso aos acionistas divulgado em 11 de março deste ano. Antes disso, a gestora havia adquirido mais ações da Gafisa, elevando a participação para totalidade de 12.074.021 ações ordinárias, correspondente a 17,43% do capital social da companhia. A primeira operação questionada pela Esh envolve a venda de cotas do Brazil Realty FII, um fundo imobiliário que tinha participação em imóveis da Gafisa. A gestora alega que a operação foi feita para encobrir um calote de dois fundos que compraram as cotas, o Bergamo FIM e o Panarea FIM, e que a Gafisa deixou de receber R$ 100 milhões. Já a segunda operação diz respeito à venda da RK8 SPE, uma empresa que tinha um projeto imobiliário em São Paulo, para o Altamura FIP, um fundo de investimento em participações. A gestora afirma que a operação foi uma fraude, pois o Altamura FIP seria ligado a um acionista da Gafisa, e que a empresa perdeu R$ 280 milhões. Em função desses ocorridos, a Esh solicitou a AGE a fim de suspender os direitos do empresário carioca Nelson Tanure. O que é greenmail? A Esh é acusada, entre outras, pela prática do chamado greenmail. Trata-se de uma compra volumosa de ações de uma determinada empresa de forma considerada hostil. Essa prática começou a avançar nos anos 1980. Desde então, ações na justiça têm buscado impedir que esse mecanismo seja utilizado. Você leu sobre o caso Gafisa (GFSA3). Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e assine a nossa newsletter: receba em seu e-mail, toda manhã, as principais notícias do portal!