O BTG Pactual (BPAC11) manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 35 para o Banco do Brasil (BBAS3), após a divulgação do balanço do banco. Porém, o BTG avaliou que o guidance divulgado pela instituição bancária ficou em linha com a expectativa do consenso, mas 3% abaixo do esperado pelo banco de investimentos.
Para este ano, o BBAS3 espera um lucro líquido de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões em 2025, o que, em seu ponto médio, implica uma expansão de 3% em relação a 2024.
“Devido ao início da implementação da Resolução nº 4.966, o banco também anunciou que seu patrimônio líquido diminuiu 5% em janeiro devido a maiores reservas para perdas com empréstimos. Além disso, anunciou sua política de payout para o próximo ano em 40-45%, dependendo das condições, um pouco menor em relação aos 45% entregues em 2024”, relatou o BTG.
Banco do Brasil (BBAS3): carteira de empréstimos cresce 13%
A carteira de empréstimos cresceu 13% na comparação anual, impulsionada principalmente pelas carteiras corporativa e de agronegócios. A margem financeira com os clientes ficou estável em R$ 20,8 bilhões, com spreads caindo 25 bps a/a para 2,7%, provavelmente devido a uma mudança no mix de carteiras. Enquanto isso, a margem financeira com o mercado cresceu 7% na comparação anual para R$ 6 bilhões.
“Combinado com menores recuperações de crédito (-26% t/t para R$1,9 bilhão), a margem financeira contábil total ficou 3% abaixo da nossa expectativa, em R$28,1 bilhões (+1% t/t e +5% a/a). As receitas de tarifas aumentaram 1% t/t e 5% a/a, ficando 1% abaixo de nossas projeções, em R$9,2 bilhões, com desempenhos positivos em empréstimos e garantias (+36,3% t/t) e mercado de capitais (+88,8% t/t)”, diz trecho do relatório.
Enquanto isso, o índice de inadimplência com prazo superior a 90 dias permaneceu estável no trimestre em 3,3%, com melhorias nas carteiras de pessoas físicas (-37 bps para 4,66%) e corporativas (-7 bps para 3,51%) compensadas por um aumento nos níveis de inadimplência do agronegócio (+48 bps para 2,45%).
Visão positiva
Pelo quarto ano consecutivo, o banco de investimentos reafirma sua visão positiva sobre as ações do BBAS3, que, ao lado do Itaú (ITUB4), tem sido uma das preferências entre os bancos brasileiros. “Como escrevemos em nosso relatório de janeiro, sentimos que as ações do BB tinham um momento melhor no início do ano, apoiado por nossas expectativas de um quarto trimestre melhor do que o esperado”, diz outro trecho do relatório.
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,580 bilhões no quarto trimestre do ano (4TRI24) contra R$ 9,442 bilhões no mesmo período do ano anterior, tendo uma alta de 1,5%.
Já no acumulado do ano passado, o lucro total foi de R$ 37,8 bilhões ante R$ 35,5 bilhões de 2023, tendo uma elevação de 6,6%.
O patrimônio líquido do banco fechou o ano em R$ 190,07 bilhões contra R$ 173 bilhões do mesmo período do ano anterior, tendo uma alta de 9,8%.
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