Vivendo de Renda com Ações
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
BTG Pactual (BPAC11) analisa plano estratégico da Petrobras (PETR4)

BTG Pactual (BPAC11) analisa plano estratégico da Petrobras (PETR4)

O banco PTG Pactual (BPAC11) divulgou relatório com análise do novo plano estratégico apresentado nesta semana pela Petrobras (PETR4) e, embora tenha feito avaliação positiva, manteve a recomendação neutra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 37,50.

As ações PETR4, ordinárias e com direito ao recebimento de dividendos, tiveram alta próxima de 10% nesta semana, com fechamento a R$ 25,91. O preço-alvo tem um potencial de valorização de cerca de 45% em 12 meses.

Cotações de Petrobras (PETR4) na última semana - Fonte: Google
Cotações de Petrobras (PETR4) na última semana – Fonte: Google
  • Clique aqui e abra agora mesmo sua conta de investimentos da EQI.

Plano da Petrobras (PETR4) é sólido, mas deixa cenário aberto para o futuro

Depois de um ano em que a Petrobras devolveu grande parte de sua criação de valor aos acionistas por meio de resultados e dividendos recordes, a empresa anunciou um novo Plano Estratégico de 5 anos, que reforça o compromisso da administração em seguir o caminho que, sem dúvida, tornou a Petrobras uma das empresas mais lucrativas do setor de Petróleo & Gás.

Os principais pilares são:

  • desenvolver o pré-sal brasileiro;
  • preservar um balanço enxuto;
  • eficiência (baixos custos de extração);
  • segurança, o que pode permitir que a gigante do petróleo continue pagando dividendos maciços nos próximos anos.

Os analistas do BTG não consideram, porém, que isso seja o suficiente para uma valorização. “Embora a leitura geral seja muito positiva, sentimos que os investidores pagarão muito pouco pela execução completa do novo PE”, diz o relatório, destacando que membros da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já fizeram críticas à atual estratégia de alocação de capital da Petrobras,.

Publicidade
Publicidade

Além disso, a equipe chegou a pedir que o anúncio do plano fosse adiado para um alinhamento à nova gestão. “Isso sugere fortemente que revisões futuras são muito prováveis, e acreditamos que a abordagem da Petrobras para outros setores além do upstream mudará significativamente, o que pode alterar substancialmente o risco-retorno, bem como o nível de retorno esperado no curto e médio prazo”, avaliam os analistas do banco.

Números do plano estratégico da Petrobras (PETR4) extraídos de relatório BTG (BPAC11)

Novo governo pode mexer no plano estratégico

Como controlador da Petrobras, o governo federal nomeia os membros do Conselho de Administração, que aprovarão, em última instância, as indicações para a administração e outros cargos executivos com poderes para propor um novo plano estratégico.

“A maioria das mensagens veiculadas pelo PT durante a campanha eleitoral e pela equipe de transição energética sinalizam grandes discrepâncias entre a estratégia atual da Petrobras e aquela vislumbrada pelo novo governo. Assim, embora as mudanças na gestão e no CA demorem um pouco, vemos grandes chances de uma revisão do PE antes da revisão tradicional no final de cada ano fiscal, alerta o relatório do BTG.

Entre as possíveis mudanças estão o capex a política de dividendos, reiterada no novo PE, que prevê que a Petrobras pagará 60% do fluxo de caixa operacional menos capex, desde que a dívida bruta seja menos que US$ 65 bilhões.

“Pode ser muito cedo para dizer, mas os comentários recentes de Jean Paul Prates (coordenador da equipe de transição de P&G e apontado para se tornar o novo CEO da Petrobras) nos levam a acreditar que um pagamento de 25% dos lucros (mínimo pela legislação societária brasileira) é altamente possível, implicando em um dividend yield de 11% (vs. 27,9% com base na política atual)”, diz o texto.

Sobre o Capex, os analistas avaliam que o novo governo tem uma agenda clara de transição energética. “Acreditamos que a Petrobras desempenhará um papel importante nesse plano, aumentando a participação de energia renovável em sua curva de investimento. Também não descartamos novos investimentos para aumentar a capacidade de produção de combustíveis, pois no médio prazo isso aumentaria a capacidade do governo de interferir nos preços dos combustíveis e reduziria a dependência brasileira da importação”, completa o texto.

Números do plano estratégico da Petrobras (PETR4) extraídos de relatório BTG (BPAC11)

Avaliação neutra diante de incertezas

Para os analistas, a visibilidade do futuro da Petrobras é a menor em anos. “Há muitas dúvidas sobre sua alocação de capital e política de preços de combustível, e o espaço para alavancagem é grande. Assumindo US$ 55 bilhões de EBITDA anual (com US$ 80-90/bbl Brent), a Petrobras pode aumentar seus investimentos (orgânico inorgânico) para >US$ 100 bilhões”, diz o texto.

“Embora isso possa parecer exagerado, mostra o poder de fogo da Petrobras e tememos que a empresa possa mais uma vez se tornar um instrumento para os planos de crescimento econômico do governo. Nosso cenário mais negativo ainda não se materializou e parte do ruído pode se dissipar, por isso achamos que múltiplos muito baixos não justificam ainda um rebaixamento para venda. Entretanto, a alocação de capital/política de dividendos são os principais catalisadores e vamos acompanhá-los de perto. Por fim, sinalizamos que um pagamento de dividendos menor pode implicar em grande queda em relação aos níveis atuais (~40%)”, concluem os analistas.

Quer investir com assertividade e entender a hora certa de investir em empresas de P&G como a Petrobras (PETR4)? Preencha este formulário e um assessor da EQI Investimentos vai entrar em contato para ajudar. Aproveite e abra agora mesmo sua conta de investimentos.