O BTG Pactual (BPAC11) manteve a recomendação de compra para as ações da Rumo (RAIL3), mesmo após a recente queda no valor dos papéis. A principal preocupação dos investidores tem sido a incerteza quanto à safra de 2025, especialmente em relação ao plantio de milho, o que tem resultado em uma demanda mais fraca por contratos logísticos por parte das tradings. No entanto, o BTG acredita que, apesar dos desafios, a Rumo conseguirá garantir uma parte significativa de sua capacidade logística.
O relatório aponta que a RAIL3 enfrentou dificuldades em firmar novos contratos devido à hesitação das tradings, que preferem aguardar uma melhor definição sobre o desempenho da safra do próximo ano. A seca no Mato Grosso em 2024 também aumentou o risco para a produção agrícola, impactando diretamente o apetite das empresas por serviços logísticos ferroviários.
No entanto, o BTG destacou que a venda antecipada de capacidade logística será crucial para o planejamento de EBITDA da Rumo em 2025, e as tradings poderão reconsiderar a assinatura de contratos com a empresa à medida que o risco da safra diminua. O banco também acredita que, com a alta nos custos de frete rodoviário, a Rumo continua sendo uma opção estratégica para mitigar os riscos logísticos.
Rumo (RAIL3): cenário mais pessimista
Os analistas do BTG apontaram que a empresa está precificando um cenário pessimista, com volumes e tarifas estáveis em 2025, mas ressaltam que a Rumo tem histórico de resiliência mesmo em anos de safra fraca. Além disso, a expectativa é de um sólido terceiro trimestre de 2024, com crescimento de volumes transportados e um EBITDA recorde.
Recentemente, a Cosan (CSAN3), controladora da Rumo, por sua vez, anunciou que Guilherme Machado, atual CFO da Compass, assumirá a posição de Rafael Bergman, que deixa a função de CFO da empresa de logística, a partir de 1º de novembro.
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