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BTG mantém recomendação neutra para a Vale, apesar de avanços operacionais

BTG mantém recomendação neutra para a Vale, apesar de avanços operacionais

O BTG Pactual (BPAC11) manteve sua recomendação neutra para a Vale (VALE3) após reunião com a diretoria da mineradora durante a conferência de CEOs em Nova York, nos Estados Unidos. Apesar de reconhecer avanços operacionais e uma perspectiva positiva para o minério de ferro, o banco entende que o atual nível de valorização das ações ainda não oferece suporte para uma revisão de recomendação, citando rendimento de fluxo de caixa livre (FCF yield) abaixo de 10% para 2026.

O banco de investimentos manteve preço-alvo de US$ 11 para os ADRs da Vale e uma expectativa de retorno total de 8,3% em 12 meses, considerando dividendos previstos de 8,4%. O relatório reforça que o cenário operacional da Vale está melhor do que o esperado, mas que uma valorização mais expressiva dependerá de um ramp-up menos disruptivo em Simandou e de melhora na geração de caixa.

Segundo o BTG, a Vale segue comprometida com sua agenda de eficiência e otimização de investimentos (capex e opex), mantendo forte controle de custos e crescimento de volumes. O banco destacou que a empresa está mais confiante em relação ao pagamento de dividendos extraordinários, mesmo após o recente anúncio da recompra das debêntures incentivadas CVRDA6. A mineradora avalia diferentes formas de financiamento para evitar impacto na remuneração aos acionistas, equilibrando possíveis recompras de ações e distribuição de proventos.

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Recomendação para a Vale: desempenho operacional sólido

No mercado de minério de ferro, a Vale mantém visão estável: os preços devem continuar resilientes, próximos de US$ 100 por tonelada — acima da projeção do BTG, de US$ 92,5/t para 2026. A tendência é sustentada pela redução estrutural de oferta, queda na qualidade dos minérios e demanda adicional vinda de regiões como Índia, Sudeste Asiático e Oriente Médio.

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O relatório também destacou que o desempenho operacional da companhia permanece sólido, o que deve se refletir em um forte resultado no 3º trimestre de 2025. A área de metais básicos (VBM) apresentou bons resultados com cobre — impulsionado por preços mais altos —, enquanto o níquel ainda é visto como o principal ponto de pressão sobre o fluxo de caixa.

Em relação ao projeto Simandou, na Guiné, o BTG avaliou que os volumes de produção não devem ser relevantes antes de 2026, com impacto limitado sobre os preços da Vale. O banco também ressaltou a disciplina de capital da companhia, com capex de crescimento médio previsto em US$ 1,5 bilhão nos próximos anos, concentrado em minério de ferro e cobre.