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BTG (BPAC11) analisa empresas de telecom: “ativos resilientes, mas valuations em queda”

BTG (BPAC11) analisa empresas de telecom: “ativos resilientes, mas valuations em queda”

O BTG (BPAC11), maior banco de investimentos da América Latina, divulgou relatório onde analisa de forma pormenorizada as empresas de telecom.

Para a instituição, estas companhias são resilientes em cenários econômicos difíceis, mas os valuations não estão mais tão atrativos.

Vale lembrar que valuation é um termo em inglês que significa “Avaliação de Empresas ou Valoração de Empresas”. Esta área de finanças estuda o processo de se avaliar o valor de determinado ativo, financeiro ou real.

Para os analistas do bancão, desde a eleição presidencial do ano passado, período em que as preocupações fiscais do Brasil se intensificaram, TIM (TIMS3; +19%) e Vivo (VIVT3; +11%) superaram o Ibovespa (+5%).

“investidores que buscam ações de valor e desejam reduzir o risco do portfólio, as empresas de telecomunicações são boas opções”, destacou, acrescentando que, no entanto, os valuations não são particularmente baratos após o rali recente.

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“A TIM e a Vivo estão sendo negociadas a 13,1x e 13,2x 2024E P/L, respectivamente, acima das empresas de telecomunicações globais integradas (10,5x). Por outro lado, os dividend yields permanecem atraentes em 6,4% para a TIM e 9,9% para a Vivo em 2023, contra uma média de 6,9% para as empresas de telecomunicações dos EUA”, explicou.

BTG (BPAC11): empresas de telecom

De acordo com o relatório, um dos primeiros sinais de normalização do mercado pós-consolidação do setor deve ser a capacidade das teles de repassar a inflação para os preços, algo com o qual elas têm lutado historicamente.

Mas isso parece estar mudando graças ao mercado mais racional após a aquisição da Oi (OIBR3). “Em 2022, as grandes empresas de telecomunicações trabalharam mais ativamente na elevação dos preços, uma tendência que esperamos que continue”, disse.

O banco também lembra que alguns investidores podem estar preocupados com a pressão sobre os lucros das empresas de telecomunicações, afetadas principalmente pela aquisição dos ativos móveis da Oi.

“Embora este seja um efeito temporário, há temores de que possa impactar os dividendos, ainda que apenas no curto prazo. A TIM e a Vivo abordaram de forma eficaz essa preocupação. A TIM tem R$ 7,9 bilhões em lucros acumulados em seu balanço que pode usar para aumentar os dividendos. A Vivo, por outro lado, tem baixo lucro acumulado. Para resolver isso, a Vivo optou por reduzir seu capital e pagará R$ 5 bilhões em dividendos adicionais nos próximos anos”, ressaltou.

Capex e vendas

Ainda de acordo com o banco de investimentos, a Vivo, e principalmente a TIM, devem conseguir otimizar os investimentos em rede com a aquisição das operações móveis da Oi, ajudando a reduzir o capex/vendas nos próximos anos.

“Estimamos que a TIM terá uma relação capex sobre vendas de 20% em 2023, diminuindo gradualmente para 17,5% ao longo do tempo. Quanto à Vivo, projetamos um capex de R$ 8,8 bilhões em 2023, resultando em uma relação capex sobre vendas de 17,0%. Mantemos a mesma proporção para os anos seguintes. Com o capex sobre vendas das empresas caindo abaixo dos níveis históricos, acreditamos que sua geração de OpFCF deve melhorar a partir de 2023”, frisou.

Recomendação do BTG

Por fim, o BTG elencou que apesar dos valuations não serem particularmente atraentes em comparação com as telcos globais, mantém as recomendações de compra, com preços-alvo de R$ 18 para TIM (inalterado) e R$ 48 para Vivo (vs. R$ 50 anteriormente), representando alta de 21% para TIM e 11% para Vivo.

Bolsa

Por volta das 15h15 a ação TIMS3 recuava 0,60%, cotada em R$ 14,83, enquanto a ação VIVT3 caía 0,35%, cotada em R$ 43,09.

Gráfico mostra a ação TIMS3 na Bolsa.