O balanço do Nubank (NU; ROXO34) referente ao terceiro trimestre de 2025 (3TRI25) trouxe novos recordes operacionais e financeiros, reforçando a expansão do banco digital na América Latina. O lucro líquido alcançou US$ 783 milhões, alta de 39% em relação ao ano anterior na métrica FXN, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) atingiu 31%, o maior já registrado pela instituição.
As receitas avançaram no mesmo ritmo — 39% na comparação com o 3TRI24 — e chegaram a US$ 4,2 bilhões, também um recorde trimestral. O Índice de Eficiência recuou levemente para 27,7%, sinalizando maior produtividade e ganhos de escala no modelo operacional do banco.
Balanço do Nubank: base de clientes cresce e mantém forte engajamento
O Nubank adicionou 4,3 milhões de novos usuários no trimestre, somando 127 milhões de clientes ao redor do mundo — alta de 16% em um ano. A taxa de atividade permaneceu acima de 83%, evidenciando engajamento consistente e uso recorrente dos produtos do banco digital, de acordo com o relatório trimestral.
No Brasil, principal mercado do grupo, a base chega a cerca de 110 milhões de usuários, o que representa mais de 60% da população adulta. A taxa de atividade por aqui supera 85%. Já no México, o número de clientes ultrapassou 13 milhões, alcançando 14% da população adulta. Na Colômbia, o banco se aproxima de 4 milhões de usuários e mantém ritmo acelerado de expansão.
Depósitos e carteira de crédito em expansão
Os depósitos do Nubank cresceram 34% YoY FXN, totalizando US$ 38,8 bilhões, com custo de captação equivalente a 89% da taxa interbancária média do período. O Loan-to-Deposit Ratio (LDR) atingiu 46%.
A carteira de crédito avançou 42% YoY FXN, chegando a US$ 30,4 bilhões, com crescimento sólido em todos os produtos. Os saldos de cartão de crédito aceleraram ao longo do trimestre, enquanto os empréstimos com garantia subiram 133% e os sem garantia aumentaram 63%, fortalecendo a diversificação do portfólio.
O Interest Earning Portfolio (IEP), que reúne ativos geradores de juros, aumentou 54% e atingiu US$ 17,7 bilhões.
Inadimplência segue dentro da sazonalidade
O índice de inadimplência entre 15 e 90 dias do portfólio de crédito ao consumidor no Brasil ficou em 4,2%, levemente abaixo da média histórica para terceiros trimestres. Já a inadimplência acima de 90 dias subiu marginalmente para 6,8%, movimento considerado compatível com a sazonalidade e com o perfil da carteira.
O trimestre reforçou a estratégia de crescimento diversificado do Nubank, com forte desempenho no Brasil e tração significativa no México e na Colômbia. A combinação de avanço na base de clientes, maior eficiência operacional, expansão da carteira de crédito e níveis de inadimplência estáveis sustentou o novo ciclo de lucratividade recorde reportado no balanço do Nubank.
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