A Ambev (ABEV3) divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2024 (2TRI24), apresentando um lucro líquido ajustado de R$ 2,459 bilhões, o que representa uma queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A empresa atribuiu essa redução à menor dedutibilidade do imposto de renda no Brasil, que superou o crescimento do EBITDA Ajustado e o melhor resultado financeiro líquido.
Apesar da queda no lucro, a receita líquida da Ambev cresceu 6,1% em comparação ao segundo trimestre de 2023, atingindo R$ 20,044 bilhões.
“O desempenho da receita líquida foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”) de 4,5%. A receita líquida cresceu na maioria das nossas unidades de negócios reportadas: NAB Brasil +15,0%, CAC +8,4%, Cerveja Brasil +6,9% e LAS2 +0,5%, enquanto no Canadá caiu 5,7%, impactada pela queda de volume”, explicou a Ambev.
O EBITDA ajustado da Ambev no 2TRI24 foi de R$ 5,275 bilhões, um aumento de 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia, o crescimento do EBITDA Ajustado foi impulsionado principalmente pelo Brasil (+23,5%, com NAB +40,1% e Cerveja +20,8%), CAC (+17,9%) e LAS (+7,6%), sendo parcialmente compensado pelo Canadá (-2,2%).
A margem bruta expandiu 200 pontos base, enquanto a margem EBITDA Ajustado aumentou 300 pontos base.
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Ambev destaca desempenho das operações no Brasil e na CAC
Nos resultados do balanço do 2TRI24, a Ambev destacou o desempenho das operações no Brasil e na CAC (Caribbean and Central America). O relatório revelou um crescimento no EBITDA Ajustado, alcançando dois dígitos pelo décimo trimestre consecutivo.
Segundo a administração da Ambev, o Brasil e a CAC foram os principais motores desse crescimento. “O desempenho do Brasil e da CAC impulsionou novamente o crescimento consolidado de dois dígitos do EBITDA Ajustado e a expansão de margem no 2TRI24“, afirmou a empresa em comunicado.
A nota destacou que os volumes de venda permaneceram resilientes na maioria das unidades de negócios, especialmente em Cerveja Brasil e NAB Brasil (non-alcoholic beverages). Além disso, a combinação de crescimento de receita líquida, condições favoráveis nos preços das commodities e gestão disciplinada de custos e despesas contribuiu para o sólido desempenho da companhia.
Em termos operacionais, a Ambev reforça que conseguiu manter a alavancagem operacional, expandindo tanto as margens bruta quanto o EBITDA Ajustado, tanto em termos orgânicos quanto nominais. “Este trimestre ilustra bem como a implementação consistente da nossa estratégia vem gerando resultados sólidos“, complementou a administração.
No Brasil, a estratégia da empresa resultou em volumes recordes para um segundo trimestre, tanto em Cerveja quanto em NAB. As marcas premium e super premium, além do segmento core plus, cresceram dois dígitos em volume, enquanto o segmento core teve um crescimento de um dígito baixo e o segmento value caiu, representando menos de 2% dos volumes totais.
Já em NAB, as marcas de health & wellness e energéticos lideraram o crescimento, agora representando quase 25% das bebidas não alcoólicas da companhia.
Nas operações internacionais, o desempenho foi particularmente forte na República Dominicana, com crescimento de volume em todos os segmentos de cerveja. No entanto, na Argentina e no Canadá, a performance de volume foi afetada por condições de mercado desafiadoras.
A empresa segue focada em manter o momentum comercial no Brasil e na CAC, esperando que o CPV (Custo dos Produtos Vendidos) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização em Cerveja Brasil, diminua entre 0,5% e 3,0% no ano.
Além dos resultados financeiros, a Ambev destacou suas iniciativas de sustentabilidade, incluindo apoio às comunidades afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul e esforços para reduzir as emissões de carbono. “Distribuímos mais de 5 milhões de litros de água e arrecadamos mais de R$ 16 milhões para apoiar os pontos de venda locais“, informou a empresa.
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