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AES e Auren acertam fusão: veja análise da EQI Research

AES e Auren acertam fusão: veja análise da EQI Research

A AES ($AESB3) e Auren ($AURE3) divulgaram nesta quarta-feira (15) uma combinação de negócios entre as duas empresas, a ser realizada por meio de reorganização societária da primeira que, ao final, resultará na conversão da AES Brasil em subsidiária integral da Auren e a unificação das bases acionárias das duas companhias.

A combinação de negócios dará origem a uma única companhia aberta listada no Novo Mercado da B3 ($B3SA3), com potencial de se beneficiar de sinergias corporativas, operacionais e financeiras e sólido portfólio de ativos de geração e comercialização de energia para atender à crescente demanda de energia renovável no Brasil, segundo informou a AES.

A Auren, companhia combinada resultante da combinação de negócios se tornará a terceira maior empresa geradora de energia do Brasil e uma das melhores combinações do país sob o aspecto de diversificação de fontes renováveis, através da distribuição de sua capacidade em geração hidrelétrica (54%), geração eólica (36%) e geração solar (10%).

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De acordo com a proposta, o acordo prevê que a operação seja realizada por meio da incorporação, pela ARN, uma sociedade cujo capital é integralmente detido pela Auren, da totalidade das ações ordinárias de emissão da AES Brasil, com a consequente conversão desta em subsidiária integral da ARN  e a emissão, pela ARN, de novas ações ordinárias e preferenciais compulsoriamente resgatáveis.

Como ato subsequente, a ARN será incorporada pela Auren, de modo que a ARN será extinta e a Auren passará a ser titular da totalidade do capital social da AES Brasil, concluindo o processo de incorporação.

Com relação às ações, a relação de substituição de ações proposta para a Incorporação foi negociada livremente pelas duas companhias. A Relação de Troca proposta é de uma ação de emissão da AES Brasil (AESB3) para 0,76237623762 ações ordinárias de emissão da Auren (AURE3).

Tá, e aí?EQI Research

Os ativos da AES têm muita qualidade e devem ser melhor operados pela Auren, aponta EQI Research.

Segundo a casa de análise, a Auren passará a ser a terceira maior geradora do país, com 8,8 GW de capacidade instalada, sendo 2,4 vezes o seu tamanho atual.

A transação vai ao encontro das ambições da Auren de crescer no setor de geração, com uma baixa alavancagem (dívida líquida / EBITDA de 1,8x) e a empresa tem condições de digerir a alavancagem elevada da AES Brasil (Dívida líquida / EBITDA de 5,3x) em seu balanço.

Segundo estimativas reportadas pela empresa, a alavancagem da empresa combinada seria de 4,9x.

A Auren já mencionou que conta com todos os recursos financeiros necessários para a transação, tendo contratado um financiamento de R$ 5,4 bilhões somado a sua robusta posição de caixa e a uma recente emissão de R$ 400 milhões em debêntures.

“A Auren (AURE3) faz parte da nossa carteira recomendada de dividendos. Contudo, acreditamos que a companhia não deve pagar dividendos extraordinários, diminuindo consideravelmente seu payout, em um processo de desalavancagem”, pontua a casa de análise.

Do lado das sinergias (ganhos da combinação dos negócios), além dos ganhos de escala da combinação dos negócios como, por exemplo, haverá a consolidação da Auren na liderança no segmento de comercialização.

“Acreditamos que a empresa deve extrair reduções de custo operacionais dos ativos da AES, bem como modernizar e aumentar a disponibilidade de suas usinas com adoção de melhores práticas. Além disso, a fusão dos negócios possibilita uma utilização mais rápida dos créditos fiscais da CESP, resultando em uma redução estimada de R$ 800 milhões na carga tributária”, diz a research.

A EQI Research destaca que a transação vai ao encontro com as ambições de crescimento da companhia e reforçamos nossa visão positiva para a administração da Auren que já demonstrou capacidade de extração de valor e ganho de eficiência em seus ativos (vide melhora operacional experienciada na Cesp). Os ativos da AES Brasil em nossa opinião tem muita qualidade e devem ser melhor operados pela Auren, além de todas as sinergias em escala, redução de custos e créditos fiscais.

Para os acionistas da AES Brasil a notícia também é positiva, segundo a casa de análise, com a empresa sendo precificada em R$ 11,55 por ação (18% acima do preço de fechamento de 15/05). Com os acionistas podendo escolher entre 3 opções, sendo elas:

1) 10% caixa/90% Ações (R$ 1,16 + 0,69 x Ações Auren por Ação AES Brasil)
2) 50% caixa/50% Ações (R$ 5,78 + 0,38 x Ações Auren por Ação AES Brasil)
3) 100% caixa (R$ 11,55 por ação AES Brasil)

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