As ações da Apple (AAPL; $AAPL34) caíram 3,58% nesta terça-feira (2) para uma mínima em sete semanas, a US$ 185,64, após o Barclays cortar a recomendação das ações da empresa. Em relatório, o banco cita preocupações de que a demanda pelos dispositivos permaneça fraca em 2024.
Durante a sessão, as perdas da Apple chegaram a superar os 4%. Com a queda, a companhia estava a caminho de perder cerca de US$ 90 bilhões de seu valor de mercado.
O Barclays é a segunda casa a atribuir uma classificação equivalente a “venda” para a ação. Até então, o Itaú BBA tinha a única recomendação de “rebaixamento” para a Apple desde julho de 2022.
Com isso, a Apple tem seu maior número de recomendações consideradas pessimistas em pelo menos dois anos, segundo dados da London Stock Exchange Group (LSEG).
Contrariando a visão de 2024, a ação da Apple subiu quase 50% em 2023, atingindo uma alta recorde em meados de dezembro, em um ano excepcional no desempenho das big techs.
Nesta terça-feira, com a queda das ações, o S&P 500 também foi puxado para baixo, puxado pela queda das ações da companhia, que representam cerca de 7% da carteira do índice.
Crise na Apple? Entenda
A Apple tem lidado com uma desaceleração da demanda por seus produtos desde o início do ano passado. A própria companhia passou a prever vendas abaixo das estimativas do mercado para o último trimestre do ano, que conta com Black Friday e datas festivas.
O desempenho da companhia na China, seu principal mercado estrangeiro, também tem sido uma preocupação com a força do concorrente local, a Huawei. Além disso, a China planeja proibir o uso de iPhones no trabalho por funcionários de estatais e agências do governo chinês.
“O iPhone 15 tem sido fraco e acreditamos que o iPhone 16 deverá ser o mesmo”, disse o analista do Barclays, Tim Long, em relatório a clientes.
O Barclays também alertou para a elevação de riscos no negócio de serviços da big tech, que tem sido analisado em países, incluindo os Estados Unidos, devido às práticas da App Store.
Em outubro, o CEO Tim Cook realizou a venda de 511 mil ações da empresa, obtendo um total de US$ 87,8 milhões e alcançando um ganho líquido estimado de US$ 41,5 milhões. A operação representou a maior venda de ações realizada por Cook nos últimos dois anos.