O Ibovespa opera em queda de 0,86%, aos 117.306 pontos nesta segunda-feira (11).
A semana de 11 a 15 de abril será reduzida, por conta do feriado da Sexta-feira Santa, que fecha as bolsas em boa parte do mundo, inclusive no Brasil.
Os destaques da semana ficam por conta da Pesquisa Mensal do Comércio e da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas divulgadas pelo IBGE, que darão pistas sobre a atividade dos setores.
Como os servidores do Banco Central seguem em greve, as divulgações do Boletim Focus, com as estimativas dos principais indicadores, e do IBC-Br, considerado uma prévia mensal do Produto Interno Bruto (PIB), não serão realizadas.
Mas, mesmo sem Focus, seguem as especulações de para onde vai a Selic.
Na sexta-feira (8), o IPCA surpreendeu negativamente, ao subir 1,62% em março, ante 1,01% de fevereiro. Esse foi o maior resultado para o mês de março desde 1994 (42,75%), antes da implantação do Plano Real.
Com isso, seguem as apostas de que a Selic final não será de 12,75%, como vinha afirmando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas que deve, sim, ultrapassar os 13%.
Sobre isso, Campos Neto falou hoje cedo em evento para o mercado – e confirmou que, diante dos novos dados, o Copom deve rever seu posicionamento.
Tá, mas e aí, o que isso diz ao investidor?
Para o investidor, a sinalização do final do ciclo de alta da Selic, seja na reunião do Copom de maio ou de junho, já dá pistas de para onde mirar a partir de agora: prefixados, títulos atrelados ao IPCA, ações de valor, dólar e alongamento de prazo dos títulos via mercado secundário.
Valter Manfro, head de operações estruturadas da EQI Investimentos, e Denys Wiese, economista-chefe e head de renda fixa, falaram no EQI Talks sobre as “Oportunidades de Investimentos”.
Em indicadores, o IPC-Fipe subiu 1,56% na primeira quadrissemana de abril.
Mercados do exterior
Destaque para a decisão de juros pelo Banco Central Europeu – que até aqui vem mantendo sua política expansionista, mas sendo pressionado pela inflação que não para de crescer.
A inflação anualizada da zona do euro atingiu 7,5% em março, batendo novo recorde.
Nos EUA, o foco é o mesmo: juros. Ao longo da semana, haverá mais discursos de membros do Federal Reserve (Fed), o que deve mexer com as apostas do mercado quanto a um posicionamento mais agressivo na reunião de 4 de maio. As apostas predominantes são de 0,5 ponto porcentual de ajuste, com juros perto de 3% ao final do ano.
Para o BTG Pactual (BPAC11), os próximos passos do Fed devem ser quatro altas de 0,50 ponto a partir de maio, mais duas altas de 0,25 até dezembro (ou seja, taxa de 2,75% a 3% em 2022). Para 2023, o banco prevê mais quatro altas de 0,25, com taxa terminal de ciclo entre 3,75% e 4%.
Paralelamente, seguem as atenções com guerra na Ucrânia e alta de casos de Covid na China.
Na França, vão para o segundo turno das eleições presidenciais Emmanuel Macron, mais ao centro, e a candidata da extrema direita Marine Le Pen, em disputa acirrada.
Mercados de Nova York
- Dow Jones: -0,64%
- S&P: -0,67%
- Nasdaq: +0,12%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: -0,64%
- FTSE, Reino Unido: -0,67%
- CAC, França: +0,12%
- FTSE MIB, Itália: -0,28%
- Stoxx 600: -0,59%
Mercados Ásia
- Nikkei, Japão: -0,61%
- Xangai, China: -2,61%
- HSI, Hong Kong: -0,03%
- ASX 200, Austrália: +0,10%
- Kospi, Coreia: -0,27%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 98,47 (-4,19%)
- WTI (novembro 2021): US$ 93,83 (-4,51%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 1.962,60 (+0,87%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 136,35 (-4,56%)