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Oi solicita prorrogação de supervisão judicial

Oi solicita prorrogação de supervisão judicial

A operadora de telefonia Oi informou que a supervisão judicial sobre as empresas do grupo não será encerrada em 4 de fevereiro de 2020

A operadora de telefonia Oi informou, por meio de fato relevante, que protocolou perante o juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro petição requerendo que a supervisão judicial sobre as empresas do grupo não seja encerrada em 4 de fevereiro de 2020 – data em que a homologação do Plano de Recuperação Judicial (RJ) completa dois anos.

“A medida de não-encerramento da supervisão judicial não traz mudanças para a situação atual das empresas Oi e não tem impacto quanto ao cumprimento do Plano de RJ em vigor, nem em relação a créditos correntes e sobre eventuais novos recursos que vierem a ser acessados pelas Empresas Oi”, afirmou a empresa.

O comunicado ressalta que a continuidade de supervisão judicial ao fim do período de dois anos “é uma medida natural” que tem sido aplicada na maior parte dos processos de recuperação judicial.

“O não encerramento da RJ permitirá que as Empresas Oi continuem a executar com estabilidade e transparência o seu Plano de RJ e manterá as Empresas Oi focadas nas ações de melhoria voltadas aos seus clientes”, acrescenta.

Prejuízo

Com atraso de mais de duas semanas, a empresa divulgou o seu balanço do terceiro trimestre no dia 2 de dezembro, reportando prejuízo líquido de R$ 5,78 bilhões, cifra 330% maior do que o mesmo período do ano passado.

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A dívida líquida da companhia encerrou setembro em R$ 14,713 bilhões, alta de 17% na comparação trimestral e de 34,1% no ano.

O capex somou R$ 2,065 bilhões no terceiro trimestre – aumento de 35% em um ano e avanço de 0,2% no trimestre.

Venda de ativos

Durante teleconferência para comentar os resultados, o diretor de operações da Oi, Rodrigo Abreu, disse estar confiante na finalização do processo de venda da participação de 25% da tele brasileira na operadora angolana Unitel.

“Não vamos divulgar os detalhes porque é um processo complexo, existem questões de confidencialidade. Mas estamos confiantes e o anúncio será feito no momento correto”, afirmou Abreu, na ocasião.

Segundo Abreu, que irá assumir a presidência da Oi, além da venda da tele angolana, outras fontes de recursos ao caixa da companhia virão das vendas de torres de celular, de data centers e de ativos imobiliários

“Já temos interessados e o processo está bastante avançado”, afirmou.

A opinião do especialista

O assessor de investimentos Andre Arantes comenta a supervisão judicial da empresa de telefonia: “A Oi estendeu o prazo de recuperação judicial porque está para sair uma alteração no projeto de lei que pode perdoar até 70% das dívidas que as empresas que estão nessa situação têm com o governo. Então, se ela se mantiver nessa condição de empresa em recuperação judicial, a Oi pode se beneficiar com esse novo estímulo e melhora assim o balanço dela. Consegue dessa forma aproveitar e sair dessa situação bem difícil, no turnaround da companhia.”

Com Cláudia Zucare Boscoli