O Smart Hedge PRIO é uma das principais opções de investimento no mercado de petróleo para aqueles que ainda têm receio de entrar na renda variável. Antes de apresentar as informações sobre este investimento, é importante contextualizar brevemente o setor.
O setor petrolífero é um dos mais lucrativos do mundo. Entre as 10 maiores empresas do mundo, três atuam na produção e distribuição de petróleo, juntamente com empresas de tecnologia.
No Brasil, a maior empresa listada na bolsa é a Petrobras ($PETR3; $PETR4), com um valor estimado em R$ 568 bilhões. Para se ter uma ideia da dimensão da Petrobras, este valor é quase o dobro do segundo colocado, o Itaú ($ITUB4), que possui um valor de mercado estimado em R$ 315 bilhões.
No entanto, a influência política afeta negativamente o desempenho da Petrobras, trazendo bastante volatilidade para seus ativos.
Outro argumento para investir no setor petrolífero é a tendência de alta do preço do barril de petróleo em 2024. No dia 1º de janeiro de 2024, o valor do barril de petróleo Brent, a principal referência da commodity energética, estava em US$ 78,22. Na última quarta-feira (18), ele está sendo negociado na casa dos US$ 85,34, uma variação de quase 8% em relação ao preço praticado no primeiro dia do ano.
As ETFs que replicam o desempenho dos contratos futuros de petróleo nos EUA estão apresentando um desempenho bastante atraente.
O United States 12 Month Oil Fund (USL), negociado na NYSE, subiu mais de 14% em 2024. Ao considerar os últimos 12 meses, o ativo subiu mais de 21%.
Desempenho bastante semelhante ao do United States Oil Fund (USO). Em 2024, este ETF valorizou mais de 18%, enquanto que nos últimos 12 meses, ele também cresceu mais de 21%.
- Leia também: Muito além da Petrobras: como investir em petróleo lá fora?
- Petróleo e Petrobras em alta: vale investir?
No entanto, nem todos têm estômago para entrar na Renda Variável, principalmente em commodities, que são caracterizadas pela volatilidade.
Para essas pessoas, existe uma opção de investimento muito interessante: o Smart Hedge PRIO. Com ele, você pode se expor ao setor petrolífero, que está em alta, e investir na maior petrolífera privada do Brasil, a PRIO ($PRIO3), que não possui o risco político da Petrobras.
Quer entender como investir na Smart Hedge PRIO? Continue neste guia para conhecer as principais informações do setor e ganhar dinheiro com petróleo.
Smart Hedge PRIO: o que é Smart Hedge?
Imagine um investidor interessado em ações, mas receoso com a volatilidade do mercado, como a que observamos atualmente, e as eventuais perdas que poderia sofrer. Nessa situação, ele pode escolher a estratégia de alocação chamada Smart Hedge.
Essa tática é a compra de ações com a garantia de que, se o mercado cair, será possível vendê-las pelo mesmo valor pago no início da operação. Além disso, em períodos de alta, o investidor pode se beneficiar até um certo limite, conhecido como barreira.
Se o valor das ações exceder a barreira durante a operação, o lucro máximo é fixado em um nível mais baixo, proporcionando proteção contra possíveis quedas acentuadas no mercado. Esta operação combinada permite ao investidor estabelecer tanto o lucro quanto a perda máxima do investimento.
Como o Smart Hedge funciona na prática?
Por exemplo, se uma operação de um ano for estabelecida com uma barreira de 40,01% e um lucro máximo de 14%, o investidor pode lucrar com a valorização da ação em até 40%. Se as ações valorizarem 30% e não ultrapassarem a barreira em nenhum momento durante o período, o investidor garante esse rendimento.
No entanto, se o preço das ações ultrapassar o limite de 40%, o lucro máximo é limitado a 14%, aproximando-se do retorno de uma Renda Fixa.
Logo, essa estratégia é recomendada para investidores que procuram minimizar o risco durante períodos de volatilidade, sem perder as oportunidades de valorização do mercado de Renda Variável.
Como a operação é estruturada?
O Smart Hedge é formado por três elementos simultâneos: a ação negociada, a venda de uma opção de compra com uma condição de existência (a barreira) e a compra de uma opção de venda.
Ao estabelecer uma operação Smart Hedge, o investidor tem a oportunidade de definir tanto o lucro quanto a perda máxima do investimento, pois essa operação permite estabelecer o lucro e a perda máximos até a data de vencimento.
A venda da opção de compra, ou call, é feita com uma barreira, que é um limite estabelecido pelo investidor, determinando até onde a ação pode valorizar. A compra da opção de venda, ou put, garante que, se houver uma queda no valor da ação, o investidor poderá vendê-la pelo preço previamente estabelecido.
Com esses três componentes usados na mesma proporção, a operação Smart Hedge oferece proteção ao investidor, limitando tanto as perdas quanto os ganhos. Assim, em um cenário de queda, será possível vender as ações pelo mesmo valor pago no início da operação.
Em situações de alta, o investidor participa até um certo limite, conhecido como barreira. Se o valor das ações ultrapassar esse limite durante a operação, o lucro máximo será fixado em um nível mais baixo, garantindo proteção contra possíveis quedas acentuadas no mercado.
Conheça a PRIO
A PRIO, anteriormente conhecida como PetroRio, é uma empresa brasileira de capital aberto que se concentra na produção de petróleo e gás. Ela é especializada na gestão eficiente de reservatórios e no desenvolvimento de campos maduros.
Além disso, a companhia também se dedica à produção, exploração, comercialização e transporte de petróleo e gás natural.
Atualmente, a PRIO é a maior petroleira privada do Brasil.
A empresa foi fundada em outubro de 2008, no Rio de Janeiro, com o nome de BN 16 Participações. Em 2009, ela se transformou em uma sociedade anônima de capital fechado e passou a se chamar HRT Participações em Petróleo.
Em 2010, a PRIO abriu capital na B3 ($B3SA3) e, em janeiro de 2015, mudou seu nome para PetroRio. Em junho do mesmo ano, as ações ordinárias da empresa começaram a ser negociadas na bolsa, sob o nome de pregão PetroRio e código de negociação PRIO3.
Para valorizar os seus funcionários, cerca de 80% dos colaboradores da PRIO são acionistas da empresa, que incentiva a aquisição de ações por parte dos funcionários por meio de um programa de stock options estruturado.
Por que investir na PRIO?
Como destacamos, o setor petrolífero está passando por um momento de alta. Desde dezembro de 2023, o barril de petróleo do tipo Brent atingiu o seu maior valor.
Desde então, o cenário geopolítico tem sido o principal fator para o crescimento do preço do barril de petróleo. O ambiente no Oriente Médio continua extremamente tenso, com o conflito entre Israel e Hamas. Além disso, a disputa entre Ucrânia e Rússia ainda influencia os preços da commodity.
Ainda vale mencionar que, no último relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a entidade destacou que a demanda por petróleo continuará forte no segundo semestre de 2024, impulsionada pelas viagens e pelo turismo.
“Globalmente, o setor de serviços mantém um impulso estável”, disse o grupo de produtores.
“Estima-se que ele seja o principal contribuinte para a dinâmica de crescimento econômico no segundo semestre de 2024, particularmente apoiado por viagens e turismo, com um impacto positivo consequente sobre a demanda de petróleo”, complementa.
Esse ambiente de petróleo mais caro favorece o desempenho das empresas petrolíferas, como a PRIO.
Não é à toa que a empresa é uma das favoritas entre as casas de análise. Um levantamento feito pelo Trademap mostrou que, das 16 recomendações das casas de análise para as ações da PRIO3, 15 delas são de compra. Entre elas, podemos destacar a EQI Research e o BTG Pactual ($BPAC11).
Confira abaixo as análises da EQI Research e do BTG Pactual:
EQI Research
Vamos começar pela análise da EQI Research. A casa de análises da EQI Investimentos recomendou a compra para PRIO por ser a maior operadora independente de petróleo do Brasil e a segunda ação mais líquida do setor, perdendo apenas para a gigante estatal Petrobras.
Além disso, a EQI Research destaca que a PRIO é uma alternativa de investimento em empresas de petróleo com grande potencial de crescimento e sem incorrer em riscos de governança estatal e exposição a refino.
Segundo a casa de análises, a PRIO foi formada a partir da aquisição de campos produtores que não eram mais foco de seus ex-operadores (principalmente Petrobras, em função da orientação estratégica e consequências financeiras de se desenvolver as reservas do pré-sal).
“Entretanto, à medida que os ativos foram sendo integrados e efetivamente operados pelas empresas nos últimos anos, a PRIO tem sido capaz de forjar uma reputação de excelência, em função da sua entrega combinada de aumento de produção com custos de extração cada vez mais baixos”, diz o relatório.
E não apenas isso, a EQI Research aponta que a PRIO deve entregar um bom resultado no curto e, por isso, é uma escola top pick deles.
Os principais riscos para tese de investimentos são:
- Execução, ou entrega efetiva de expansão da produção esperada em linha com o cronograma e a custos decrescentes,
- Risco regulatório, especialmente em momentos de preços elevados de petróleo.
BTG Pactual
O BTG Pactual Research, em seu último relatório, reforça uma postura otimista em relação à PRIO. Segundo os analistas do banco, a empresa tem demonstrado um desempenho sólido, aproveitando inúmeras oportunidades orgânicas e inorgânicas.
Embora alguns investidores argumentem que as oportunidades de fusões e aquisições (M&A) são agora mais escassas e o potencial de crescimento da produção é menor, o BTG acredita que o desempenho operacional da PRIO continuará a superar as expectativas.
“Há algum tempo, mantemos uma postura otimista em relação ao PRIO, apoiada por seu desempenho comprovado de aproveitar inúmeras oportunidades orgânicas e inorgânicas”, afirma o relatório.
Com a alavancagem sob controle, a forte geração de caixa livre para o acionista (FCFE) e projetos progredindo conforme o planejado, o BTG Pactual acredita que a PRIO está em uma ótima posição para começar a distribuir mais caixa aos seus acionistas.
“Com alavancagem sob controle, a forte geração de caixa (FCFE) e projetos progredindo conforme o planejado, acreditamos que a PRIO está em uma ótima posição para começar a distribuir mais caixa aos seus acionistas”, diz o relatório.
A empresa continua a crescer por meio de fusões e aquisições com taxas internas de retorno (TIRs) atraentes. No entanto, se nenhuma aquisição se concretizar no curto prazo, o BTG Pactual não descarta um cenário mais agressivo de recompra de ações.
“Acreditamos que o crescimento contínuo por meio de fusões e aquisições com TIRs atraentes continua sendo a preferência da administração, mas se nenhuma aquisição se concretizar no curto prazo, não descartamos um cenário mais agressivo de recompra de ações (dividendos?)”, afirma o relatório.
“Negociando com um FCFE yield de 17% em 2024 e com mais revisões positivas das estimativas de lucros no horizonte, continuamos com nossa recomendação de compra para PRIO e acreditamos que as ações permanecem subvalorizadas”, conclui o relatório.
Como investir no Smart Hedge PRIO
Após conhecer a estratégia do Smart Hedge e as principais razões para investir na PRIO, vamos apresentar o Smart Hedge PRIO e suas características.
O Smart Hedge PRIO tem um prazo de 12 meses e o valor mínimo para investir é de R$ 5 mil. Como todas as ações, todos os pagamentos de dividendos e Juros sobre o Capital Próprio (JCPs) são reduzidos do valor da ação. Da mesma forma, os limites de alta e as proteções também são reduzidos.
O investidor participa da alta do ativo em até 30%. Caso ultrapasse os 30% em algum momento durante a operação, o ganho fica limitado a 10%.
O ganho máximo é de até 31% (300% do CDI do período). Caso a cotação supere essa valorização em qualquer momento até o vencimento, o resultado máximo passa a ser de até 9% (100% do CDI do período).
Para exemplificar, temos três cenários possíveis:
- Cenário 1: PRIO3 abaixo de 100% do valor de entrada, o investidor está protegido de qualquer oscilação negativa do ativo.
- Cenário 2: PRIO3 entre 0% e 31,00%, o investidor rentabiliza a oscilação positiva de PRIO3 neste intervalo.
- Cenário 3: PRIO3 acima de 31,00%, caso PRIO3 atinja este patamar a qualquer momento até o vencimento, o investidor passa a ter o compromisso de entregar o ativo a 9% de alta em relação à entrada, podendo ainda fechar abaixo desse valor.
Neste caso, vale fazer duas observações. A primeira é que a valorização das ações da PRIO não ultrapassou e nem chegou perto do limite de barreira do Smart Hedge, que é de 30%, e ainda está bem acima das perdas de inflação acumulada em 12 meses.
Nos últimos 12 meses, o PRIO3 acumulou uma alta de 14,5%. Os ativos perderam força nos últimos dois meses devido à deterioração dos investimentos em bolsa. Enquanto que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida de inflação oficial do Brasil, do mês de maio ficou com uma taxa acumulada de 12 meses em 3,93%.
A segunda observação é que os ativos estão em um momento de baixa e este pode ser um ponto de entrada interessante para comprar as ações da PRIO.
Falando em volatilidade do mercado e oportunidade de entrada, vale destacar que o Smart Hedge PRIO permite que você se exponha sem ter o risco de perder dinheiro. O capital do investidor é 100% protegido, ou seja, o investidor não corre o risco de queda do papel, participa apenas do movimento de alta (limitado).
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