Olá Investidor Inteligente,
Caso não tenha visto, o final de semana foi bem agitado… principalmente nos EUA.
Ainda na tarde de sexta-feira (10/03), os reguladores americanos fecharam o Silicon Valley Bank, décimo oitavo maior banco americano.
E assumiram o controle dos depósitos do banco, anunciou a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), uma espécie de FGC (Fundo Garantidor de Crédito) dos EUA.
A causa principal da derrocada é a presença de ativos (líquidos e não líquidos) no balanço do banco e que sofreram perdas patrimoniais com a alta dos juros, por conta da marcação a mercado dos títulos.
Como já diz o ditado:
“Quando os juros sobem, baleias aparecem boiando na praia”…
E não deu outra!
O FDIC já anunciou que não somente os depósitos até USD 250k serão ressarcidos, como também qualquer outro depósito, de valores superiores a esse, evitando assim, por hora, uma crise sistêmica de confiança.
O FED também agiu rapidamente…
Já no domingo, anunciou linhas de emergência para bancos em situações parecidas.
O mercado também está esperando que esse episódio (e outros possíveis) sejam “sanados”, com o encerramento do ciclo de alta dos juros e outras medidas de liquidez.
Eles irão ligar as impressoras?! Bem possível…
Depois das ações de contenção promovidas pelo FED, o ânimo dos investidores se acalmou.
As cotações do mercado futuro de ações chegaram a negociar em alta no final de domingo.
Já na segunda (13/3), tanto o S&P 500 quanto o Ibovespa operavam em queda não acentuada, pelo menos na parte da manhã.
Porém, grandes bancos regionais nos EUA, que poderiam estar em situação semelhante ou pior que o SVB, abriram com fortes quedas.
De um dia para o outro, as ações do First Republic Bank caíram mais de 60%, e de outros dois bancos as quedas foram de 35% e 25%.
Sinceramente… Foram muitas quedas para um único dia.
E é com essas quedas expressivas que iniciaremos o raciocínio crítico da coluna dessa semana.
A maioria dos investidores que possuem ações e têm o mínimo de experiência sabe que o mercado de ações, volta e meia, cai, principalmente por questões macroestruturais.
Sabe também que uma única ação pode cair muito, em pouco tempo, por questões micro, da própria empresa.
Nesse caso, a queda dos bancos americanos citados anteriormente se faz pelas duas vias:
- Questões macro (alta dos juros, falência bancária);
- Questões micro (gestão da carteira de ativos do próprio banco).
Pare por um momento agora e reflita comigo…
Imagine que você acabou de comprar uma ação e no dia seguinte, ao abrir o aplicativo ou tela do broker, você vê “-60%”!
É de arrepiar, não é mesmo?
Mas existem alguns poréns que você deve considerar antes de criar uma visão pessimista sobre o futuro…
É fato também que o mercado brasileiro, está muito, muito barato!
E que excelentes oportunidades podem estar passando pelos nossos olhos.
Você lembra da frase de Warren Buffett?
“Comprem aos sons dos canhões e vendem aos sons dos violinos”…
Observe o indicador P/L (preço/lucro) do Ibovespa, que indica quantos anos demoram para o investimento “se pagar”:
O indicador P/L está mostrando que os preços estão a níveis da grande crise do subprime de 2008!
Aí vem a pergunta:
- Como que eu, investidor inteligente, posso aproveitar o mercado de ações nesse momento, que está a preços claramente descontados, mas, ao mesmo tempo, me proteger do risco de grandes e possíveis quedas?
Ou para quem já tem uma carteira de ações:
- Como que eu, que quero continuar com minhas ações, porque sei que elas estão baratas, posso me proteger de grandes e possíveis quedas?
A resposta pode estar em um mercado não muito conhecido pela maioria…
Os derivativos!
Derivativos são ativos que derivam de outro ativo; em outras palavras, são direitos (de comprar ou de vender) um ativo e, no caso, uma ação.
Eles podem ser usados para ALAVANCAGEM ou para SEGURANÇA.
No caso, como estamos falando de nos proteger e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades, os derivativos são usados unicamente para proteção.
Os derivativos são considerados uma espécie de “seguro contra catástrofes”.
Quando você compra um carro, a lógica diz para comprarmos também um seguro contra acidentes, certo?
Nas ações isso também pode ser feito!
Você pode comprar ações, e comprar seguros para elas.
Com isso, se algo de muito ruim acontecer, você poderá sair ileso!
Mas eu preciso ressaltar…
Você precisa saber o que está fazendo!
Não vá arriscar seu dinheiro, de forma irresponsável, investindo em ativos e modalidades que não conhece.
E calma… Se você não sabe nada sobre derivativos, eu tenho um “presente” para você…
Em mais uma live do Investidor Inteligente, explorei o tema:
Aproveite o preço descontado das ações com a segurança dos derivativos
Dessa vez, trouxe comigo, o Especialista em Derivativos da EQI, Alexandre Furghestti…
E também o Head da EQI Research, Luis Moran.
Nela, abordamos os seguintes assuntos:
- Cenário para o investimento em ações
- Como escolher as ações corretas
- Como utilizar derivativos para proteção e ganhos
- Exemplos de operações estruturadas
Não deixe de ver:
Muito obrigado por mais essa semana.
Por Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos.