O rombo contábil da Americanas (AMER3) também impacta a renda fixa, além das ações da empresa – que desabam quase 80% nesta quinta-feira.
Isso porque há crédito privado emitido pela empresa, especialmente em debêntures da Americanas.
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Estima-se que a empresa possua dívida em debêntures de curto e longo prazo algo como R$ 4,2 bilhões. Já empréstimos de longo prazo, R$ 15 bilhões.
Vale dizer que a Americanas é uma empresa que, até aqui, era classificada pelas agências de risco como AAA, ou seja, a melhor nota possível, o que significa baixíssimo risco de calote para os investidores.
Mas o fato é que essas classificações também são feitas com base nos relatórios contábeis das empresas e, portanto, também suscetíveis a erros decorrentes de falhas na contabilidade.
Os analistas, até aqui, pregam que é preciso aguardar a finalização do processo de auditoria na empresa para verificar qual será o efeito real sobre o balanço. Mas, por precaução, muitos papéis já vê sendo resgatados.
Segundo reportagem do Valor, as debêntures da Americanas estão sendo negociadas no mercado secundário com 50% de desconto no valor que fecharam ontem.
A queda de 50% no preço é considerada razoável e dentro do esperado. Hoje, os bônus são cotados a 33% do valor de face para compra e 43% do valor de face para a venda. Ontem, a relação era de 65% do valor de face para compra e 67% para venda.
- Baixe, aqui, análise da EQI Research sobre a Americanas (AMER3)
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