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O rei dos dividendos: conheça mais sobre a trajetória de Luiz Barsi Filho

O rei dos dividendos: conheça mais sobre a trajetória de Luiz Barsi Filho

Se tem um investidor no Brasil que pode ser identificado como o rei dos dividendos, esse é Luiz Barsi Filho, considerado o maior investidor individual do país. Um livro lançado recentemente pela editora Sextante conta a trajetória de Barsi, desde a infância até se tornar um dos homens mais bem sucedidos do país.

O livro, escrito por Luiz Barsi Filho como diz seu subtítulo, traz a trajetória do filho de imigrantes até a constituição de um dos maiores patrimônios individuais do país.

Conheça mais sobre essa obra sobre Barsi!

O rei dos dividendos: a trajetória de Barsi

Órfão de pai ainda muito pequeno e criado pela mãe de origem humilde em um cortiço em São Paulo, Luiz Barsi Filho desafiou a lógica de um futuro sem muitas oportunidades. Masa ainda assim, se tornou uma lenda no mundo dos investimentos. Mas nada foi da noite para o dia, como conta em sua biografia O rei dos dividendos, lançado pela Editora Sextante.

No começo de sua trajetória, ele trabalhou como engraxate e baleiro de cinema até iniciar a etapa técnica da escola de comércio e conquistar o primeiro emprego de carteira assinada em um escritório de contabilidade.

Os investimentos começaram no final dos anos 1960. De lá para cá, ele enfrentou sucessivas crises e planos econômicos, encontrou seu método de investir e prosperou em (quase) todos os momentos. Foi mais de meio século comprando e vendendo ações até chegar à posição que ocupa hoje.

“Muitas pessoas já me perguntaram quando e como juntei meu primeiro milhão. Independentemente da moeda – cruzeiro, cruzado, cruzado novo, real –, a palavra “milhão” tem um papel relevante no imaginário da nossa sociedade. Lamento desapontar os curiosos, mas não me lembro com exatidão do “quando”. Tenho uma vaga sensação de que foi por volta de 1976, mas acho que na sequência gastei parte dele em um bem que julguei necessário naquele momento: um apartamento maior para minha mãe e eu morarmos”, relembra Barsi.

Aproveitando as oportunidades

Ele revelou ainda que possuía a renda das corretagens que fazia para terceiros, escrevia para uma coluna no jornal, os dividendos das ações que comprava e os lucros das negociações que realizava tão somente para auferir lucros bons, e rapidamente.

“Creio que encontrei muitas oportunidades e soube aproveitar a maioria delas. Mas já naquela época, embora o primeiro milhão tenha sido importante, não fiquei satisfeito. Como aliás não me sinto ainda hoje”, revela.

Em suma, a infância difícil forjou o investidor disciplinado que viu no mercado financeiro a oportunidade de enfim conquistar uma vida confortável, fugindo da ideia de que a previdência do governo garantiria seu futuro.

A compra de papéis de empresas sólidas e boas pagadoras de dividendos acabou lhe dando ainda mais: faria de Barsi um bilionário. E o maior acionista individual do Banco do Brasil (BBAS3) e dono de parte respeitável de grandes conglomerados, como Unipar (UNIP6) e Klabin (KLBN11).

Considerado crítico dos bancos e dos fundos, a quem acusa de tirar o protagonismo do investidor, que já não escolhe mais o destino de seu dinheiro, Barsi compartilha ao longo das páginas sua fé inabalável nas empresas, geradoras de prosperidade para os que nelas trabalham e investem, e para toda a sociedade.

“Elas é que deveriam prover nossa aposentadoria”, afirma o autor, que aos 83 anos segue enxergando oportunidades onde outros veem crises.

Quem é Luiz Barsi?

Foi na década de 1970, às vésperas de se tornar economista, que Luiz Barsi criou o método que anos depois o tornaria bilionário: “carteira previdenciária de ações”.

A estratégia passa longe da aposta no sobe e desce das ações para aumento do capital. Sua aposta era na perenidade e no longo prazo.

Barsi criou um método aparentemente simples, mas que exigia paciência: comprar mil ações de uma mesma empresa mensalmente durante 30 anos.

A partir do oitavo mês, de acordo com o economista, os dividendos recebidos são suficientes para reinvestir e não é mais necessário tirar dinheiro do bolso.

“É investir em bons projetos, é uma parceria de longo prazo, você se torna um pequeno dono dessas empresas”, comentou, ao site da revista Exame.

O segredo de Barsi

Em entrevista para a CNN Brasil, Barsi afirmou que, depois de 10 anos de “paciência e disciplina” seguindo essa fórmula, estava aposentado. “Não como desejava, mas já não precisava mais trabalhar.”

“Sem trabalhar, sentado nesta cadeira, a Eletrobras me dá o equivalente a R$ 300 mil por mês. Um salário bem razoável”, brincou, em recente entrevista à CNN.

Apesar da frase aparentemente ter conotação ostentosa, na verdade, Barsi não é o típico bilionário extravagante.

“Já tive R$ 3 bilhões, mas também já tive R$ 500 milhões. Não faço a conta”, afirmou, assegurando que não sabe quanto é seu patrimônio, mas se interessa muito pelos dividendos pagos pelas empresas em que investe dinheiro.

“Eu me dei conta de que o empresário, dono de uma empresa de capital aberto, vai sempre ter uma aposentadoria. Isso porque, além de seu trabalho, vai sempre ter um rendimento do negócio dele chamado dividendo.” Barsi diz que nem fica acompanhando o Ibovespa. “E não dou nenhum valor para o patrimônio, patrimônio não te alimenta. O que te alimenta é o dividendo, a renda que esse patrimônio gera, e é para isso que eu olho. O meu DNA é dividendo”, completou.

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