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Qual é o impacto da subida de juros sobre o PIB? Entenda!

Qual é o impacto da subida de juros sobre o PIB? Entenda!

A alta dos juros básicos da economia traz diversas consequências para a economia de um país. Não só a população é afetada, mas os indicadores macroeconômicos também. O principal deles é o PIB.

Acompanhe o artigo abaixo e entenda mais sobre o assunto!

O que são os juros básicos de uma economia?

Todo país tem uma taxa de juros que serve de referência para todo o mercado. Ela se chama taxa básica de juros e no Brasil é conhecida como Selic, a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Ela serve de parâmetro para várias operações no mercado financeiro e duas delas são especiais: a regulação do custo do crédito e da rentabilidade dos títulos públicos do Tesouro Direto.

Como forma de expandir a atividade econômica e gerar empregos, as empresas costumam fazer empréstimos em instituições financeiras. A base do custo desse crédito é tido na Selic.

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Além disso, o mercado imobiliário (grande motor da economia) também tem na Selic seu embasamento para fazer os financiamentos de longo prazo.

Com mais imóveis sendo comprados, a indústria da construção civil é aquecida e mais empregos são gerados.

Além disso, vale citar que as operações de captação de recursos do próprio governo tem a Selic como base.

Para tomar dinheiro emprestado da sociedade, são emitidos títulos que são negociados na plataforma do Tesouro Direto.

A rentabilidade desses papéis (e portanto do investidor) é diretamente atrelada à Selic. Daí sua grande importância no controle da dívida pública, conforme veremos a seguir.

Qual é a importância desses juros?

Por meio do controle e definição da taxa Selic, o governo acaba conseguindo manipular quanto dinheiro existe disponível e em circulação no mercado.

Quando ele rebaixa a taxa de juros, os recursos em dinheiro são sacados, já que a rentabilidade não é atrativa. Isso aumenta a quantidade de moeda circulante no mercado e, consequentemente, a liquidez.

No entanto, isso acaba aumentando o consumo e a inflação acaba pegando carona nesse “bonde”. Como uma das funções do Banco Central é assegurar o poder de compra da moeda, ele deve intervir.

Nesse momento, provavelmente ocorre uma inversão na curva de juros, passando a níveis cada vez mais elevados.

A intenção é desestimular o consumo para que a atividade econômica seja retraída. Com isso, ocorre menor procura por produtos e a inflação pode ser contida, pois os preços tendem a serem rebaixados.

Ao mesmo tempo os títulos públicos passam a ser mais interessantes e o dinheiro volta para a mão do governo por meio das aplicações. Menos dinheiro circula no mercado e a liquidez diminui.

Dessa forma, podemos perceber que por meio do simples controle da taxa de juros básicos do país, o governo é capaz de controlar a inflação, promovendo mais ou menos liquidez no mercado.

Qual é o ciclo de juros vivido atualmente pelo Brasil e qual razão explica o momento?

Em agosto de 2020, o Brasil alcançou sua menor taxa Selic da história: 2% ao ano. Os juros permaneceram nesse valor até que a inversão da curva teve início, em março do ano seguinte.

O principal fator que motivou o governo a iniciar o levantamento da taxa de juros foi a alta da inflação. Esta, por sua vez, acabou ganhando um forte incremento por conta da crise causada pela recente pandemia vivida.

Conforme vimos, uma das ferramentas que o governo dispões para controlar (ou pelo menos tentar) a inflação é a taxa básica de juros.

Por meio do aumento ou diminuição da liquidez, é possível entrar em ciclos expansionistas ou de contração da economia, fazendo com que o poder de compra da população não seja tão impactado.

Assim, podemos dizer seguramente que nos encontramos em um ciclo de alta dos juros, com expectativa de chegar ao final de 2022 com a Selic acima de 12% ao ano.

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Qual é o efeito da alta da Selic para as famílias?

O aumento na taxa Selic acaba gerando um custo maior nas operações de crédito. Ainda que alguém possa pensar que isso se refere apenas a empréstimos pessoais, o efeito acaba sendo bem mais amplo.

Ocorre que as empresas também sentem esses impactos em toda a sua cadeia logística ou de produção. Assim, isso vale para as indústrias e para o comércio.

Esse efeito cascata acaba atingindo o consumo das famílias em cheio, pois há uma diminuição da atividade econômica. Afinal de contas, esse é o efeito esperado.

Com isso, ocorre uma natural redução na oferta de empregos, o que diminui a renda familiar. É o que podemos chamar de efeito bola de neve em seu significado mais alto.

Que impacto é causado no PIB pela alta dos juros?

Do comportamento de consumo das famílias decorre um impacto significativo no PIB. Com menos compras sendo feita, a indústria já não tem mais tantos motivos para aumentar sua produção.

Com a queda na produção, vem uma possível onde de demissão. Ora, para fabricar menos produtos não é necessário tantas pessoas. Então o caminho natural é a redução do quadro de pessoal.

Além disso, eventuais operações de expansão que já haviam sido planejadas sobretudo por grandes empresas acabam indo para a geladeira. Isso ocorre por conta do aumento do custo do crédito.

Como a taxa Selic regula esse tipo de operação, logicamente os encargos de longo prazo incidentes na tomada de crédito ficam mais altos.

A compra de um grande terreno para instalação de uma nova unidade de um varejista pode ser adiada, caso a aquisição fosse feita de modo financiado.

O valor pago ao final de todo o período certamente é muito maior com uma taxa básica a 12% ao ano do que a 2% ao ano.

Assim, toda a atividade econômica do país sofre um duro golpe. É um remédio amargo a ser tomado, mas é necessário.

Em época de inflação em alta, não há outro caminho a tomar. No entanto, a economia vive em ciclos e passando esse período, as expectativas de retomada do crescimento aumentam bastante.

Já o investidor de médio e longo prazo pode ver nesses períodos de desaceleração ótimas oportunidades de investimentos, comprando bons ativos a um preço relativamente bem descontados.

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