O pré-mercado hoje (16) opera em tendência de alta. Nesta quinta-feira (16), o destaque da agenda econômica é a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma prévia do PIB brasileiro. O indicador será acompanhado de perto pelo mercado em busca de sinais sobre o ritmo da atividade econômica.
A bolsa brasileira vem se beneficiando da expectativa de que o Federal Open Market Committee (Fomc) cortará os juros mais duas vezes neste ano. O diferencial das taxas de juros mantém a atratividade das operações de carry trade, especialmente após o Copom reforçar que não pretende reduzir a Selic tão cedo.
No campo político, segue o impasse entre governo e Congresso após a queda da Medida Provisória alternativa do IOF, o que levou ao adiamento para 21 de outubro da análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs reapresentar ao Congresso as “partes incontroversas” da MP 1303, incluindo as compensações tributárias e a revisão de cadastro dos programas sociais.
No cenário diplomático, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se reúnem nesta quinta-feira, em Washington, para discutir as tarifas de 50% aplicadas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros e as sanções impostas a autoridades. Vieira chegou à capital norte-americana para tratar das negociações, após convite feito por Rubio durante conversa telefônica na semana passada.
Em Nova York, com o governo dos EUA ainda em shutdown, o mercado acompanha os balanços corporativos e o agravamento das tensões comerciais entre EUA e China, especialmente diante do impasse sobre os controles de exportação de terras raras. O presidente Donald Trump também elevou o tom ao ameaçar suspender o comércio de soja com o país asiático, o que adiciona volatilidade aos mercados de commodities.
Pré-mercado: por que acompanhar?
Antes de a campainha oficial marcar o início das negociações nas bolsas de valores, já existe um período de aquecimento importante para os investidores: o pré-mercado. Esse intervalo de tempo, que ocorre antes da abertura regular do pregão, serve como um termômetro do que pode acontecer ao longo do dia e ajuda a antecipar tendências e movimentos de preço.
O que é o pré-mercado
O pré-mercado é o momento em que as ordens de compra e venda começam a ser registradas no sistema da bolsa, mas as negociações ainda não foram oficialmente iniciadas. Em outras palavras, é uma fase de preparação — os investidores informam seus interesses, e o mercado começa a formar os preços de abertura das ações.
No Brasil, por exemplo, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) abre o pré-mercado das 9h45 às 10h, antes do início efetivo das negociações, que ocorre às 10h. Nos Estados Unidos, a NYSE e a Nasdaq também têm um período de pré-market que começa bem mais cedo, a partir das 4h da manhã (horário de Nova York), o que permite que investidores reajam rapidamente a notícias e eventos internacionais.
Por que o pré-mercado importa
Durante o pré-mercado, o comportamento dos preços pode indicar como os investidores estão reagindo a fatos recentes, como divulgações de resultados de empresas, decisões de política monetária, notícias econômicas ou até acontecimentos geopolíticos.
Por exemplo, se uma companhia divulga lucros acima do esperado antes da abertura da bolsa, suas ações podem apresentar forte demanda no pré-mercado, sinalizando uma possível alta assim que o pregão começar. Da mesma forma, uma notícia negativa pode provocar queda nas intenções de compra e pressionar os preços para baixo.
O que o investidor deve observar
- Tendência dos índices futuros – Os chamados futuros de índices (como o futuro do Ibovespa, S&P 500 ou Nasdaq) já refletem as expectativas do mercado e ajudam a prever o humor dos investidores para o dia.
- Notícias e eventos globais – Fatos ocorridos durante a madrugada, especialmente na Ásia e na Europa, costumam afetar diretamente o sentimento dos mercados no início do dia.
- Liquidez e volume – Nem todas as ações têm forte movimentação no pré-mercado. Avaliar o volume de ordens é essencial para entender se os preços indicados são realmente representativos.
O pré-mercado é, portanto, uma ferramenta de leitura e antecipação. Embora nem sempre antecipe com precisão o comportamento do mercado durante o pregão, ele oferece sinais valiosos sobre o sentimento dos investidores e os possíveis rumos das cotações.
Para quem investe, acompanhar o pré-mercado é mais do que uma curiosidade: é uma forma de entrar no pregão preparado, com uma visão mais clara do contexto e das expectativas que vão influenciar as decisões ao longo do dia.
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