O pré-mercado hoje (18) opera em tendência de alta. A agenda econômica desta quinta-feira (18) começa com os mercados ainda digerindo as decisões de ontem do Federal Reserve e do Copom.
No cenário internacional, o Fed cortou os juros em 25 pontos-base, movimento esperado, mas que trouxe sinais de que os membros do comitê não estão dispostos a acelerar o ritmo de flexibilização monetária. Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, destacou que a decisão veio em linha com as projeções, com apenas um voto dissidente pedindo corte maior, de 50 pontos-base. O Fomc revisou para cima as estimativas de PIB e núcleo de inflação, reforçando uma postura mais dura, ainda que dentro de um ciclo de cortes. Powell reforçou que não houve apoio para uma redução mais agressiva e que as decisões seguem sendo tomadas reunião a reunião, o que, segundo Kautz, mostra cautela e resistência à pressão política.
Ainda no exterior, a atenção se volta para a reunião do Banco da Inglaterra, marcada para as 8h, quando deve decidir pela manutenção da taxa em 4%. Amanhã (19), será a vez do Banco do Japão definir sua política monetária, completando a agenda de bancos centrais desta semana decisiva para o mercado global.
Pré-mercado no Brasil
No Brasil, o Copom decidiu ontem manter a Selic em 15%, em linha com as expectativas. Kautz destacou que o comunicado surpreendeu pelo tom bastante duro, sem abrir espaço para leituras mais dovish. Mesmo com a valorização do real e a desaceleração da atividade, o Banco Central reforçou o discurso de cautela e não revisou para baixo sua projeção de inflação para o horizonte relevante de 2027. Na avaliação do economista, a mensagem implícita é de que, mesmo com a taxa em 15%, o BC ainda não está convencido de que esse nível seja suficiente para garantir a convergência da inflação. Segundo ele, os primeiros cortes só devem acontecer em janeiro de 2026, com o tom conservador permanecendo até o fim deste ano.
Na frente política, o Congresso segue movimentado após a Câmara aprovar urgência para a votação do projeto de anistia, após aprovação da PEC da Blindagem.
No ambiente corporativo, a Caixa Econômica Federal reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre, alta de 12% em relação ao mesmo período de 2024. A Azul anunciou que apresentou nos Estados Unidos um plano de reorganização no âmbito do Chapter 11, buscando reduzir em US$ 2 bilhões seu passivo e captar até US$ 950 milhões em oferta de ações. Já a Totvs comunicou o pagamento de R$ 88 milhões em juros sobre capital próprio.
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