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PMI Industrial do Brasil sobe em fevereiro, mas continua abaixo dos 50 pontos

PMI Industrial do Brasil sobe em fevereiro, mas continua abaixo dos 50 pontos

O PMI Industrial do Brasil cresceu em fevereiro e atingiu a marca de 49,6 pontos, ante 47,8 pontos em janeiro. Apesar do resultado, o índice continua abaixo dos 50 pontos e sinaliza uma deterioração na saúde geral do setor. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (03), pelo IHS Markit. O indicador trata-se do Índice Gerente de Compras™ do setor industrial.

De acordo com o relatório, a deterioração geral do setor foi centrada em uma quinta redução consecutiva em novos pedidos, visto que a demanda do mercado permaneceu baixa. Assim, o ritmo de redução foi o mais brando desde outubro passado.

Além disso, a queda de novos negócios foi registrada mesmo com a retomada do crescimento dos novos pedidos para exportação, que aumentaram pela terceira vez nos últimos quatro meses.

Em meio a tudo isso, o IHS Markit relata que houve sinais de estabilização no setor industrial brasileiro no meio do primeiro trimestre do ano. Haja vista que a taxa de declínio caiu devido ao crescimento das exportações, embora a produção e o índice de emprego tenham caído marginalmente. Contudo, a confiança nos negócios atingiu o maior patamar em oito meses.

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O diretor de economia do IHS Markit, Andrew Harker, afirma que apesar das condições de negócio continuarem fracas em fevereiro, os dados mais recentes do PMI sugerem “tempos melhores no horizonte”.

“As empresas relataram sinais de melhora na demanda, levando a uma quase estabilização da produção e do índice de emprego. Entretanto, também houve sinais de normalização nas cadeias de suprimentos, com os prazos de entrega aumentando de forma menos acentuada em dois anos. Do mesmo modo, as pressões inflacionárias continuaram diminuindo. Há algum tempo, a disfunção nas cadeias de suprimentos tem sido uma barreira importante para o crescimento e, portanto, quaisquer melhorias fornecerão um impulso às operações”, explica.

Ele ainda diz que a manutenção deste quadro positivo deve criar um ambiente mais otimistas. Dessa forma, a tendência é o aumento da produção para o próximo ano.

Redução na produção e emprego

Segundo o IHS Markit, a produção caiu em fevereiro, mas em linha com a tendência geral de novos pedidos. Porém, as empresas indicam alguns sinais de melhora na demanda. Com isso, a produção se aproximou da estabilidade.

Fenômeno semelhante com o índice de empregos. O indicador registrou uma diminuição, mas de forma parcial visto que algumas empresas contrataram funcionários extras em resposta a sinais de demanda mais sólida.

Vendas mais baixas geraram aumento no estoque

O estudo também informou que as vendas ficaram mais baixas em fevereiro. Este fato ocorreu porque os os produtos acabados, em muitos casos, eram incluídos nos estoques, que resultaram em uma décima primeira acumulação sucessiva de estoques de bens finais.

“O aumento foi sinalizado apesar de alguns fabricantes usarem estoques para ajudar a reduzir o índice de pedidos em atraso. Os negócios pendentes diminuíram pelo nono mês consecutivo e a um ritmo acentuado”, relata IHS Markit.

A capacidade de garantir materiais beneficiou as empresas a reduzirem os pedidos em atraso. Mesmo com isso, os prazos de entrega dos fornecedores continuaram aumentando. Contudo, as empresas apontam que há sinais de retorno à normalidade.

Enfraquecimento da inflação promove aumento da confiança

A pesquisa também indica sinais de enfraquecimento das pressões inflacionárias durante o 1º trimestre. A taxa de inflação dos preços de insumos diminuiu pelo terceiro mês consecutivo para o nível mais fraco desde maio de 2020.
Mas ainda assim houve reduções contínuas de novos pedidos que levaram as empresas a reduzir tanto a atividade de compras quanto os estoques de insumos em fevereiro.

Pelo menos, a confiança para os próximos 12 meses foi fortalecida pelo quarto mês consecutivo e é a maior desde junho do ano passado. Cerca de três quartos dos entrevistados previram um aumento na produção, que vincularam ao crescimento esperado de novos pedidos, lançamentos de novos produtos e expansões de fábricas.