Com a chegada de dezembro, muitas pessoas já começam a planejar o ano de 2024, incluindo investidores que estão pensando na declaração do Imposto de Renda do ano-exercício de 2023.
Uma das estratégias para pagar menos imposto é investir na modalidade de Previdência Privada conhecida como PGBL — Plano Gerador de Benefício Livre. Mas para ter direito a esse benefício, o investidor terá optar por essa opção até o dia 28 de dezembro.
Assim, o prazo para reduzir o Imposto de Renda está se aproximando do fim. Com isso em mente, o portal EuQueroInvestir oferece dicas sobre como diminuir o imposto investindo em Previdência Privada.
Previdência Privada: benefícios do PGBL
É possível abater até 12% da renda bruta anual do IR com o PGBL. Isso significa que o valor investido em PGBL (limitado a 12% da renda bruta anual) pode ser subtraído do total a ser tributado, diminuindo assim a tributação naquele ano. Além disso, você pode usufruir de um benefício fiscal de até R$ 6,6 mil.
Ao optar pelo PGBL, o investidor pode pagar menos imposto ou receber uma restituição maior. O PGBL é uma opção interessante para quem tem uma renda alta e pretende se aposentar no longo prazo, pois pode reduzir a carga tributária e aumentar a rentabilidade do plano.
Geralmente, os especialistas indicam este produto para quem tem entre 30 e 50 anos, está no auge da carreira, e possui uma renda e um patrimônio de classe média-alta ou alta.
Como funciona a tributação do PGBL
Com o investimento em PGBL, o pagamento do IR sobre esse valor é postergado. Ou seja, esse imposto de renda não precisará ser pago no ano em que o PGBL é investido. Ao investir em um PGBL, a tributação é paga apenas no momento do resgate deste investimento.
E, no momento de pagar o imposto relativo a esse valor, a alíquota poderá ser menor. Quem opta pela regra regressiva (na qual a alíquota do imposto diminui com o tempo) do PGBL, após 10 anos, terá que pagar apenas 10% de IR sobre o total aplicado.
A previdência PGBL conta com dois tipos de tributação: a progressiva e a regressiva.
Tributação progressiva
A tributação progressiva do PGBL segue as mesmas regras dos salários, com a alíquota do Imposto de Renda aumentando de acordo com o valor resgatado.
Normalmente, esse regime de tributação é aconselhável apenas se você espera se aposentar com uma renda total relativamente baixa, inferior a R$ 4 mil por mês.
Para calcular a renda bruta tributável, é necessário somar todas as fontes de renda, incluindo o saque mensal do PGBL, a aposentadoria do INSS e outras possíveis fontes de renda, como aluguel, por exemplo.
Tributação regressiva
A tributação regressiva do PGBL tem o objetivo de incentivar investimentos de longo prazo. Nesse cenário, a alíquota do Imposto de Renda diminui com o passar do tempo e é calculada com base na data de cada contribuição ou depósito.
Isso significa que se você optar pela tabela regressiva e resgatar o plano em até dois anos, estará sujeito a uma alíquota de Imposto de Renda significativamente alta, de 35%.
No entanto, se os depósitos forem feitos com um horizonte temporal superior a dez anos, a alíquota será de apenas 10%.