A Petrobras (PETR) emitiu nota direcionada aos investidores estrangeiros, alertando para uma possível revisão na política de preços da empresa, decorrente de decisões políticas brasileiras.
Em comunicado enviado à Securities and Exchange Comission (SEC), a estatal afirmou que, futuramente, os preços de seus produtos podem não acompanhar a paridade internacional.
“Ações e legislação impostas pelo governo brasileiro, enquanto nosso acionista controlador, podem afetar essas decisões de preço”, comunicou a companhia.
O general Joaquim Silva e Luna foi demitido da presidência da Petrobras por Bolsonaro na última segunda-feira (28) diante das discussões quanto ao preço da gasolina, diesel e gás.
Silva e Luna foi pressionado publicamente por Jair Bolsonaro e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a agir pela redução do preço dos combustíveis.
Segundo o Datafolha, 68% dos brasileiros atribui ao presidente a responsabilidade pela alta nos preços – e vale lembrar que este é ano eleitoral.
Os preços da gasolina subiram 27% e os do diesel, 47%. Já o botijão de gás subiu 27% e o GNV (gás veicular), 44% durante a gestão de Silva e Luna.
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Por fim, a estatal informou que por conta das manifestações do presidente Bolsonaro “uma nova diretoria ou Conselho de Administração pode propor mudanças nas nossas políticas de preços”. Além disso, pode decidir que “essas políticas não busquem alinhamento com a paridade de preço internacional”.
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