A Petrobras (PETR3; PETR4) já tem um nome para ocupar a presidência em substituição à desistência de Adriano Pires. É o ex-secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho Ferreira.
A indicação de Coelho Ferreira foi oficializada pelo MME, em ofício enviado à Petrobras, na noite desta quarta-feira (6). Além dele, também foi enviado o novo nome para a presidência do Conselho de Administração. Trata-se de Márcio Andrade Weber.
José Mauro Ferreira Coelho é formado em Química Industrial pelas Faculdades Reunidas Professor Nuno Lisboa, possui especialização em Ciências dos Materiais pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), mestrado em Engenharia dos Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutorado em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Após exercer a posição de Oficial de Artilharia do Exército entre 1983 e 1991, ingressou no Instituto Nacional de Tecnologia (INT) onde permaneceu até 1992.
Novo presidente foi diretor na EPE
Recentemente, esteve na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), onde ingressou em 2007, permanecendo até 2020. Lá, ele assumiu as posições de Analista de Pesquisa Energética, Coordenador do Setor de Refino de Petróleo da Superintendência de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis.
Foi ainda assessor de Diretoria da Diretoria de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Superintendente Adjunto de Gás Natural e Biocombustíveis, Superintendente Adjunto de Petróleo e, finalmente, Diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
Entre 2020 e 2021 atuou como Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis no Ministério de Minas e Energia (MME). Desde 2020 atua como Presidente do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A (PPSA).
Economista da CBIE ocuparia cargo
Após a demissão de Silva e Luna da presidência da petroleira, fora escolhido o nome do economista Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Porém, Pires se viu em uma posição na qual não poderia manter.
Há dois dias, ele anunciou sua desistência do cargo, alegando problemas de possível conflito de interesse com a empresa de petróleo e gás.
A desistência do economista foi oficializada em carta enviada ao Ministério de Minas e Energia. No comunicado, Pires alegou que não havia como manter o cargo na presidência da petroleira enquanto seu filho permaneceria à frente do CBIE, entidade fundada por ele.
“Ficou claro pra mim que não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da Presidência da Petrobras. Iniciei imediatamente os procedimentos para me desligar do CBIE, consultoria que fundei há 20 anos e hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, porém, percebi que infelizmente não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”, escreveu ele, em um trecho na carta, na ocasião.