A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conquistou um lugar entre as 25 mulheres mais influentes de 2023, segundo o jornal britânico Financial Times.
Sendo a única brasileira destacada na lista, Marina é acompanhada no ranking por figuras célebres, como a atriz Margot Robbie, que interpretou Barbie no cinema, a cantora Beyoncé, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Mira Murati, da OpenAI, responsável por liderar equipes por trás de produtos como o ChatGPT.
O perfil de Marina é apresentado por Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile. A brasileira é descrita como alguém que dedicou a vida à proteção da Floresta Amazônica. Bachelet destaca a infância de Marina em uma pequena comunidade de seringueiros no coração da Amazônia, testemunhando diretamente a devastação e o desmatamento da floresta. O texto também ressalta a trajetória profissional de Marina, a primeira pessoa de sua região a ser eleita para o Senado Federal.
A apresentação enfatiza que Marina Silva foi nomeada ministra do Meio Ambiente pela primeira vez em 2003, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), permanecendo no cargo até 2008. Durante seu mandato, o desmatamento registrou uma redução de 59% entre 2004 e 2007. Em 2023, quando Lula reassumiu a presidência, Marina retornou ao posto.
Veja os nomes da lista das mais influentes, segundo o Financial Times:
- Margot Robbie
- Beyoncé
- Barbara Kingsolver
- Phoebe Philo
- Lola Shoneyin
- Alia Bhatt
- Aespa
- Mira Murati
- Makiko Ono
- Fran Drecher
- Lisa Dyson
- Carol Tomé
- Karin Keller-Sutter
- Marie-Claire Daveu
- Marina Silva
- Ursula von der Leyen
- Mary Barra
- Janet Truncale
- Narges Mohammadi
- Coco Gauff
- Jeni Hermoso
- Elizabeth Maruma Mrema
- Chen Chien-Jou
- Katalin Karikó
- Olena Zelenska
Mais sobre Marina Silva
Marina Silva, nascida em 8 de fevereiro de 1958 no Acre, cresceu em condições precárias como filha de um seringueiro e uma dona de casa. Superou obstáculos e, após uma infância difícil, dedicou-se aos estudos e causas sociais. Envolveu-se com as Comunidades Eclesiais de Base e liderança sindical rural, colaborando com Chico Mendes na criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre.
Iniciou sua carreira política em 1986, destacando-se como vereadora, deputada estadual e senadora. Nomeada ministra do Meio Ambiente em 2003, lutou contra o desmatamento. Candidata à Presidência em 2010, 2014 e 2018, conquistou diversos prêmios por sua atuação em defesa do meio ambiente.
Em 1996, Marina Silva recebeu o prêmio Goldman, considerado o Nobel do Meio Ambiente. Em 2007, o jornal britânico The Guardian incluiu a então ministra entre as 50 pessoas que podem ajudar a salvar o planeta. No mesmo ano, conquistou o Champions of the Earth, o principal prêmio da ONU na área ambiental e, em 2008, recebeu das mãos do príncipe Philip da Inglaterra, no palácio de Saint James, em Londres, a medalha Duque de Edimburgo, em reconhecimento à sua trajetória e luta em defesa da Amazônia.






