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Tesla perde mais de 50% de seu valor de mercado desde dezembro

Tesla perde mais de 50% de seu valor de mercado desde dezembro

A Tesla (TSLA; $TSLA34) acumula uma desvalorização acima de 52% desde dezembro de 2024. Naquela época, a montadora de Elon Musk atingiu seu pico de US$ 1,5 trilhão em valor de mercado, mas as incertezas econômicas e políticas têm pressionado suas ações. 

Na última segunda-feira (10), os papéis da empresa caíram 13% na bolsa de tecnologia Nasdaq, acompanhando a tendência negativa das chamadas “Sete Magníficas” – grupo de gigantes do setor, como Apple (AAPL; $AAPL34), Nvidia (NVDA; $NVDC34) e Microsoft (MSFT; $MSFT34).

Entre os fatores que explicam essa queda estão a redução nas vendas de veículos, a diminuição dos lucros e o impacto negativo da atuação política de Musk. O empresário, que ocupa um cargo no governo de Donald Trump, tem defendido cortes em órgãos públicos e uma ampla desregulamentação, o que tem gerado reações adversas no mercado e entre consumidores da Tesla.

Tesla ainda vale mais que montadoras tradicionais

Apesar da forte desvalorização, a Tesla ainda mantém um valor de mercado superior ao das nove maiores montadoras do mundo combinadas. Enquanto essas empresas venderam aproximadamente 44 milhões de veículos em 2023, a Tesla entregou apenas 1,8 milhão no mesmo período.

Analistas explicam que apenas 25% do valor da Tesla está relacionado à fabricação de automóveis. O restante vem da aposta em tecnologias futuras, como inteligência artificial e robotáxis – promessas feitas por Musk desde 2016, mas que ainda não se concretizaram em larga escala.

Entre abril e novembro de 2023, as ações da Tesla subiram 71% impulsionadas pela promessa de uma nova frota de robotáxis. Mesmo diante da queda nos lucros e do cancelamento do “Model 2”, um carro elétrico acessível de US$ 25 mil, investidores continuaram a apostar na visão de Musk. Contudo, a falta de avanços concretos tem levantado dúvidas sobre a viabilidade dessas promessas no curto prazo.

Protestos e vandalismo aumentam pressão sobre a Tesla

Além das preocupações financeiras, a Tesla tem uma crise de imagem. 

O posicionamento político de Elon Musk gerou uma onda de protestos e vandalismo contra a empresa em diversas partes do mundo. 

Nos Estados Unidos, lojas da Tesla e estações de carregamento de veículos foram alvos de ataques. Em Loveland, Colorado, uma mulher foi presa por lançar coquetéis molotov contra carros da marca. Em Salem, Oregon, um homem armado disparou contra uma loja da Tesla e incendiou veículos, causando um prejuízo estimado em US$ 500 mil.

Para se distanciar de Musk, alguns proprietários de Tesla passaram a adesivar seus veículos com mensagens como “Comprei antes de Musk enlouquecer”. 

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Concorrência acirrada e desafios para a Tesla

Apesar da forte queda nas ações, a Tesla ainda é negociada a preços muito superiores aos de montadoras tradicionais e até de gigantes da tecnologia. Seu índice preço/lucro futuro (P/E) é nove vezes maior do que a média das 25 maiores fabricantes de veículos e mais que o dobro do registrado por empresas como Nvidia, Apple e Amazon (AMZN; $AMZO34).

Enquanto isso, a rival chinesa BYD ultrapassou a Tesla como maior vendedora de veículos elétricos e tem um valor de mercado seis vezes menor. Além disso, anunciou que oferecerá gratuitamente um sistema de assistência ao motorista semelhante ao “Full Self-Driving” da Tesla, que custa US$ 8 mil na China.

Mesmo assim, investidores otimistas ainda acreditam no potencial da empresa. A Ark Investment Management, por exemplo, projeta que as ações da Tesla possam atingir US$ 2.600 até 2029, com 88% de seu valor baseado no sucesso dos robotáxis.

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