A Universal Music Group (UMG) entrou em um novo acordo de licenciamento com o TikTok, para voltar a transmitir as músicas de seus artistas na plataforma. Com isso, a gravadora e o app encerram a disputa que levou à retirada de canções de nomes como Taylor Swift, Drake e Olivia Rodrigo.
Em comunicado conjunto publicado nesta quinta-feira (2), as empresas informaram que o acordo implicará em uma “melhor remuneração” para os artistas, além de novas oportunidades promocionais e de engajamento para suas músicas. Haverá também proteções com relação à Inteligência Artificial (IA) generativa.
No início deste ano, o TikTok retirou músicas de artistas contratados pela UMG depois que os dois lados não conseguiram chegar a um acordo sobre o licenciamento de conteúdo, gerando uma briga pública.
“A música é parte integrante do ecossistema do TikTok e estamos satisfeitos por termos encontrado um caminho a seguir com o Universal Music Group“, disse o CEO do TikTok, Shou Chew.
Já o CEO da Universal Music Group, Lucian Grainge, diz que o novo entendimento ‘foca no valor da música’ e também no bem-estar da comunidade criativa.
Com a declaração das empresas, as ações da UMG subiram até 2,5% na Bolsa de Frankfurt.
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Taylor Swift, Universal e TikTok: relembre o caso
Em janeiro, a Universal Music decidiu remover as músicas de seus artistas do TikTok, de propriedade da gigante chinesa ByteDance, após meses de negociações sobre uma disputa de licenciamento.
Os vídeos que continham músicas de artistas como Taylor Swift, The Weekend, Kendrick Lamar, foram silenciados, enquanto a gravadora criticava publicamente a plataforma. As acusações eram de que o aplicativo tentava criar um negócio baseado em música “sem pagar o valor justo pela música”.
As negociações cessaram, em parte, devido a preocupações sobre a capacidade do aplicativo de proteger os artistas contra os danos potenciais da inteligência artificial.
Além disso, o TikTok é responsável por apenas cerca de 1% da receita total da empresa (cerca de US$ 110 milhões), disse a Universal Music em uma carta aberta em janeiro. Como base de comparação, o YouTube, pagou US$ 1,8 bilhão com conteúdo gerado pelo usuário nos 12 meses até junho de 2022.