Após a força na última eleição presidencial dos Estados Unidos, muitos norte-americanos aguardam as manifestações de celebridades fortes como Taylor Swift e Beyoncé. Isso porque, como em 2020, o apoio aos democratas seria novamente decisivo nas eleições nos EUA.
Segundo o site USA Today, em setembro do ano passado, Taylor Swift foi responsável por impulsionar um recorde de 30 mil novos eleitores em um mesmo dia após um post no Instagram.
Ao longo das últimas campanhas de eleições nos EUA, nomes como Harry Styles, Ariana Grande, Billie Eilish e Paramore também já se manifestaram pela participação no processo eleitoral.
O podcast “Matter of Opinion”, do jornal “New York Times”, debateu a linha entre o mundo das celebridades e da política, que é tênue. Enquanto fãs cobram posicionamento político de artistas, escolher um lado pode ter um efeito contrário do que se espera.
Vitória de Biden em 2020: qual o impacto das celebridades
A socióloga Tressie McMillan reforçou que, nas eleições norte-americanas de 2020, tanto Taylor Swift quanto Beyoncé se manifestaram publicamente apenas perto das votações – em outubro e novembro, respectivamente. Caso o posicionamento se repita neste ano, deve ocorrer na mesma época.
As duas artistas são as maiores da música neste momento, quebrando recordes consecutivos com novos álbuns e turnês mundiais.
Nas eleições de 2020, Biden venceu com uma margem de mais de 20 pontos entre os norte-americanos com menos de 20 anos. Na época, as cantoras mostraram apoio ao democrata, o que fez a diferença no resultado.
Para 2024, o apoio não é mais garantido. Pesquisas apontam que até 11% do eleitorado do país, que tende a ser mais jovem, pode ser influenciado pelas cantoras.
“Se você é político agora, está sedento por ambas, certo? Você quer uma base de pessoas raivosas, dedicadas e emocionalmente motivadas. E é por isso que os políticos recorrem às celebridades durante os períodos eleitorais.”, afirmou a socióloga.
Eleições nos EUA: Pesquisas mostram eleitores jovens apostando em Trump
Segundo as pesquisas mais recentes, este ano promete ser um ponto de virada no comportamento dos eleitores norte-americanos.
A preferência pelo ex-presidente Donald Trump cresce no bloco mais jovem do eleitorado, chegando até a superar o presidente Joe Biden em algumas amostragens, já que os eleitores jovens menos engajados rejeitam o democrata. O atual presidente está mais forte entre os idosos do que há quatro anos.

A tendência de queda no apoio dos jovens ao líder democrata continua a aparecer nas pesquisas que utilizam diferentes formas de chegar aos entrevistados — sinal de que pode não ser apenas um erro metodológico.
Essa tendência representaria uma mudança geracional, segundo o site “Politico”: durante décadas, os candidatos presidenciais democratas conquistaram esmagadoramente os eleitores jovens e os republicanos fizeram o mesmo com o outro extremo do eleitorado.
Caso esse cenário se confirme em novembro, a votação vai ficar marcada por acabar com uma tendência que já dura décadas. Nenhum republicano conquistou eleitores de uma geração mais jovem desde George H. W. Bush, em 1988.