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Ricardo Mussa renuncia como CEO da Cosan Investimentos

Ricardo Mussa renuncia como CEO da Cosan Investimentos

Apenas um mês após assumir a posição de CEO na Cosan Investimentos, Ricardo Mussa renunciou ao cargo e deixou o conglomerado liderado por Rubens Ometto. A saída marca o encerramento de uma trajetória de 17 anos no grupo, período em que o executivo ocupou posições de destaque em empresas como Raízen ($RAIZ4) e Moove.

Em comunicado enviado à CVM, a Cosan ($CSAN3) agradeceu a Mussa pela dedicação ao longo de quase duas décadas. Além de renunciar à presidência da Cosan Investimentos, Mussa também deixou o conselho de administração da Cosan e da Raízen, além do Comitê de Sustentabilidade do grupo.

Para o conselho da Raízen, o grupo escolheu Rodrigo Araujo, atual diretor financeiro e de relações com investidores da Cosan, como substituto de Mussa até a próxima assembleia geral. Araujo também foi nomeado para o Comitê de Responsabilidade Social e Corporativa, com mandato até julho de 2025.

Os motivos da saída de Mussa não foram detalhados pela Cosan. A empresa tampouco respondeu aos questionamentos da imprensa até o momento de publicação desta reportagem.

A trajetória de Mussa no grupo Cosan

Mussa iniciou sua trajetória no grupo em 2007, como CEO da Radar, uma empresa focada em investimentos agrícolas. Desde então, passou pela liderança da Cosan Lubrificantes e da Moove, antes de chegar à presidência da Raízen em 2020.

Durante seu período na Raízen, ele liderou iniciativas estratégicas, como a diversificação da operação com etanol de segunda geração (E2G) e combustível sustentável para aviação (SAF). Em 2021, comandou a abertura de capital da empresa, que captou R$ 6,9 bilhões no maior IPO do ano na B3.

Sua gestão também enfrentou desafios, com a Raízen registrando prejuízo de R$ 158,3 milhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, além de desaceleração no fluxo de caixa e aumento no endividamento.

A saída de Mussa ocorre em meio a um contexto de pressão financeira para a Raízen e a Cosan. A produtora de biocombustíveis viu seu endividamento líquido subir para R$ 35,9 bilhões, com alavancagem de 2,6 vezes o Ebitda ajustado.

No mercado de ações, os papéis RAIZ4 acumulam uma queda de 59% desde o IPO e 33% apenas em 2024. 

A alta taxa de juros no Brasil, que eleva o custo do capital para empresas endividadas, tem sido apontada como um dos fatores que pressionam os resultados financeiros.

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