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Quem é Guido Mantega? Relembre ex-ministro cotado para CEO da Vale (VALE3)

Quem é Guido Mantega? Relembre ex-ministro cotado para CEO da Vale (VALE3)

Cogitado para assumir a gestão da Vale (VALE2), o ex-ministro Guido Mantega volta a figurar no noticiário econômico depois de ter ficado sem cargos no terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora tenha participado durante alguns dias da transição de governo após a eleição. Neste texto, vamos relembrar quem é Guido Mantega e suas passagens anteriores pelo setor público..

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Quem é Guido Mantega: economista desde o início do PT

Nascido em Gênova, na Itália, em 1949, Mantega veio morar com a família no Brasil ainda na infância e obteve a dupla cidadania. Graduado em Economia e em Ciências Sociais pela USP (Universidade de São Paulo), Mantega obteve seu doutorado em Sociologia do Desenvolvimento pela mesma instituição e se aproximou de um grupo de economistas ligados à esquerda que participou da fundação do PT, em 1980.

Com uma visão heterodoxa voltada a o desenvolvimentismo, Mantega participou das formulações das principais diretrizes econômicas petistas ao longo das primeiras duas décadas do partido, inclusive nos planos de governo das campanhas presidenciais em que Lula foi derrotado, em 1989, 1994 e 1998.

Em 2002, o PT apresentou um programa que fazia várias concessões ao mercado. Lula se elegeu e colocou no Ministério da Fazenda um político formado em Medicina, Antonio Palocci, ex-prefeito de Ribeirão Preto (SP), e para o Banco Central escolheu Henrique Meirelles, que acabara de deixar o BankBoston para ser deputado federal pelo PSDB.

Mantega foi nomeado para o ministério do Planejamento, com menor protagonismo na definição da política econômica, e depois de pouco mais de um ano acabou deslocado para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), onde permaneceu por cerca de um ano e meio.

Em 2006, com a queda de Palocci após um escândalo político, em que o então ministro foi demitido depois de ordenar a quebra de sigilo bancário de um caseiro, Mantega foi escolhido para a Fazenda. Tomou posse em 27 de março e se tornaria o mais longevo ocupante do cargo em toda a história, cumprindo todo o segundo mandato de Lula (2007-2010) e o primeiro de Dilma Rousseff (2011-2014). Por nove meses, superou Pedro Malan, ministro durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Quem é Guido Mantega: seu trabalho como ministro

À frente da Fazenda, Mantega se notabilizou por uma gestão mais heterodoxa e à esquerda, com maior incentivo ao desenvolvimento e crescimento econômico e menor preocupação com controle dos gastos públicos e da inflação.

Foi com Mantega como ministro, por exemplo, que o Brasil optou por uma estratégia heterodoxa para enfrentar a crise de 2008, que provocou a quebra de diversos bancos nos EUA e foi chamada por Lula de “marolinha”. Mas não conseguiu resistir ao efeito posterior da crise, que atingiu a economia brasileira anos depois. Tanto que, mesmo com Dilma reeleita, foi substituído no segundo mandato por Joaquim Levy, economista de visão mais ortodoxa.

Depois de deixar o governo, Mantega chegou a ser preso durante a Operação Lava-Jato, em 2017, depois de ser acusado de pedir e receber propinas pelo empresário Eike Batista, em delação premiada. Foi solto dias depois e inocentado em julgamento realizado neste ano.

Mantega, no entanto, não escapou de uma punição do TCU (Tribunal de Contas da União) por ter participado das chamadas “pedaladas fiscais” que resultaram no impeachment de Dilma, em 2016. Em 2017, ele foi multado em cerca de R$ 50 mil e punido com cinco anos de proibição de exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública federal, período ampliado para oito anos em 2022. Ele ainda recorre da decisão.

Nesta semana, surgiu a notícia de que ele poderia ser indicado para o cargo de CEO da Vale (VALE3), hoje ocupado pelo executivo Eduardo Bartolomeo. Sua nomeação seria uma pressão da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que detém 8% das ações da companhia mineradora. A Vale ainda não se pronunciou.

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