Cerca de 3.330 novas empresas migraram para o mercado livre de energia apenas no primeiro semestre deste ano. O número representa um avanço de 52% em relação ao mesmo período de 2022. Até então, o recorde de migrações havia sido em 2021, quando 3.072 novas unidades fizeram a movimentação.
As informações são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Os setores com mais empresas que migraram para o mercado livre de energia são de comércio, serviços, alimentos, manufaturados diversos e saneamento básico.
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Entenda a movimentação
As empresas buscam no mercado livre uma forma de economizar em gastos com energia – a redução pode chegar a 35%. Já para o consumidor, há a possibilidade de negociar as condições do contrato (preço, volume, prazo de pagamento).
Desde janeiro, empresas que tenham carga igual ou acima de 500 kW (sozinha ou em comunhão de cargas) podem migrar para o mercado livre de energia. Antigamente, o mínimo exigido era de 1000 kW.
A partir de 2024, todas as companhias conectadas na alta tensão, chamadas de Grupo A, poderão migrar para o mercado livre, desde que representadas por um comercializador varejista. A estimativa é de uma movimentação de 72 mil unidades.
O comercializador é responsável por comprar e vender energia para as pequenas e médias empresas. Além disso, garante o cumprimento das obrigações financeiras e regulatórias do cliente junto à CCEE, com o objetivo de simplificar o processo de adesão.
O que é mercado livre de energia
O mercado livre tem 34,4 mil empresas, que juntas representam 37% do consumo nacional de energia elétrica. Há 75 comercializadoras varejistas em operação, sendo que as maiores estão ligadas a grandes conglomerados do setor elétrico, como EDP, AES Tietê (AESB3), Copel (CPLE6), Engie (EGIE3) e CPFL Energia (CPFE3).
O mercado livre de energia trata-se de um ambiente de compra de energia por meio de contratos regulados diretamente entre consumidor e fornecedor.
Atualmente, se aplica a empresas que são grandes consumidoras de energia elétrica, como shopping centers, e setores intensivos da economia, como siderúrgicas. Companhias do ramo alimentício também contam como grandes consumidores.
O mercado livre de energia é diferente do mercado cativo, em que o consumidor fica preso a uma distribuidora e tem de, obrigatoriamente, consumir energia desse fornecedor.
Na maioria das vezes, o mercado cativo é composto por consumidores comerciais – como lojas de menor porte – e os usuários residenciais.
Como migrar para o mercado livre de energia?
Quem se interessar em migrar para o mercado livre de energia, pode contar com a ajuda da EQI Investimentos.
Para as companhias aptas à migração, a EQI Investimentos atua como uma ponte entre dois players: a geradora Matrix e o comercializador BTG Pactual, ligado ao banco de investimentos BTG (BPAC11).
Com a movimentação, o objetivo da EQI é facilitar a entrada de todas as empresas neste mercado, que cresceu 32,8% e faturou um total de R$ 162 bilhões em 2021.
Além disso, um levantamento do Sebrae mostrou que pelo menos 15% dos gastos mensais das empresas são com custos relacionados ao consumo de energia elétrica. A grande vantagem é o desconto que chega a 20% dos gastos atuais todo mês – além da previsibilidade de gastos e adequação aos pilares do ESG.
Segundo Alexandre Viotto, head da área de comércio exterior e câmbio da EQI, a atuação da empresa está focada na prospecção destas companhias.
A operação pode abarcar também a elaboração de estudos de viabilidade para empresas que estejam divididas entre o ingresso no mercado de energia livre ou construção de sua própria usina.
“Todas as empresas que tiverem hoje uma contratação de energia dentro do que determina a portaria podem procurar a EQI”, menciona.
Viotto reforça que companhias compatíveis com o perfil de adesão podem ter descontos na ordem de 20% no total pago hoje na conta de energia.
“Na média, o valor descontado gira em torno de 15% da fatura, podendo chegar a 30%. Além disso, essas empresas irão contar com maior previsibilidade de gastos, conforme o estabelecido em contrato”, completa.
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