O Santander Brasil ($SANB11) encerrou o segundo trimestre de 2025 (2TRI25) com lucro líquido gerencial de R$ 3,659 bilhões, alta de 9,8% na comparação com o mesmo período de 2024. Já na base trimestral, houve retração de 5,2%.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 16,4%, avanço de 0,8 ponto percentual (p.p.) em um ano.
Segundo o banco, o desempenho foi impulsionado pela expansão da margem financeira com clientes, pela rigorosa disciplina na concessão de crédito e pela estratégia de diversificação de receitas. A gestão eficiente de despesas também contribuiu para o avanço da rentabilidade.
O Santander apontou que a receita total somou R$ 20,6 bilhões no trimestre, alta de 3,3% frente ao 2TRI24. A margem financeira bruta, que reflete a rentabilidade do negócio bancário, cresceu 4,4% no ano, alcançando R$ 15,396 bilhões — impulsionada principalmente pelo crescimento de 11,3% na margem com clientes, que atingiu R$ 16,127 bilhões.
A expansão dos spreads e o foco em linhas de maior rentabilidade foram os principais vetores positivos, enquanto a margem com o mercado teve desempenho negativo de R$ 730 milhões, reflexo da sensibilidade ao aumento da taxa de juros.
O índice de Basileia subiu para 15% no trimestre, frente a 14,4% um ano antes. O índice de capital principal (CET1) também cresceu, alcançando 11,6% (+0,4 p.p. YoY).
Outro indicador que reforça a saúde financeira foi o índice de eficiência, que caiu para 36,8%, o melhor patamar em três anos. A melhora reflete a queda nas despesas gerais (-2,5% no trimestre), fruto da digitalização, redução da rede física e controle rigoroso de custos.
Outros destaques operacionais:
- Carteira de crédito ampliada: R$ 675,5 bilhões (+1,5% YoY)
- Captações de clientes: R$ 643,8 bilhões (+0,2% YoY)
- Comissões: R$ 5,2 bilhões (+0,4% YoY), com destaque para cartões e consórcios
- Custo de crédito: 3,9%, alta de 0,2 p.p. no trimestre
- Índice de inadimplência acima de 90 dias: 3,1% (-0,05 p.p. YoY)
- Carteira renegociada: R$ 44,8 bilhões (-17,2% YoY)
- Write-off: R$ 8 bilhões (+34,6% YoY)
Balanço 2TRI25 do Santander: administração destaca avanços estratégicos e transformação digital
Em mensagem aos investidores, o CEO Mario Leão afirmou que o banco está “construindo uma operação mais diversificada, sólida e capaz de gerar resultados consistentes”. Ele ressaltou a priorização de linhas de crédito com melhor qualidade de ativos e a busca por rentabilidade nas captações, especialmente com maior representatividade da pessoa física.
O executivo também destacou o papel da transformação digital, que permitiu ao Santander “atingir o melhor índice de eficiência dos últimos três anos”, impulsionado pela otimização do parque de lojas e aumento da produtividade.
No segmento de cartões, o banco reportou crescimento de 12% no faturamento de crédito e de 13% no spending médio, com 88% dos clientes de cartões também sendo correntistas.
“Trabalhamos na simplificação do portfólio para melhor servir o cliente, com produtos mais assertivos e de maior valor agregado”, disse o CEO.
Entre as demais iniciativas, o banco destacou:
- Lançamento do “One app”, que unifica a gestão financeira dos clientes
- Crescimento de 20% na base de clientes com principalidade pessoa física
- Avanço de 16% na carteira de crédito da Santander Financiamentos
- Melhora na inadimplência de curto prazo, especialmente em PF
- Progresso em soluções para PMEs, com alta de 12% nas receitas do segmento em dois anos
Leão concluiu reforçando que o Santander segue comprometido com uma “evolução consistente do ROAE”, guiado por alocação de capital disciplinada e transformação contínua.
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O banco registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,7 bilhões, alta de 9,8% em relação ao 2TRI24.
O desempenho foi impulsionado pela expansão da margem financeira com clientes (+11,3% YoY), aumento dos spreads e controle rigoroso de despesas, que levou ao melhor índice de eficiência em três anos.
Não. No entanto, a receita total foi de R$ 20,6 bilhões, com alta de 3,3% em 12 meses.
O índice de Basileia atingiu 15%, e o CET1 subiu para 11,6%, indicando solidez de capital. O índice de eficiência caiu para 36,8%, refletindo ganhos operacionais.
A carteira de crédito ampliada somou R$ 675,5 bilhões (+1,5% YoY), o faturamento com cartões cresceu 12% e o banco reduziu despesas com pessoal e infraestrutura, além de lançar o “One app” para integrar a experiência digital dos clientes.