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Juliano Custodio: brasileiro precisa “abrir a mente” e internacionalizar negócios

Juliano Custodio: brasileiro precisa “abrir a mente” e internacionalizar negócios

Juliano Custodio, CEO da EQI Investimentos, participou nesta quarta-feira (28) do 4º Seminário de Negócios Internacionais do estado do Paraná.

O evento, voltado à internacionalização de negócios e networking qualificado, reuniu mais de mil empresários paranaenses no Campus da Indústria da Fiep, em Curitiba.

Em entrevista à Jovem Pan, presente no evento, Custodio destacou a importância dos empresários olharem para a nacionalização e para a internacionalização dos negócios, a fim de expandir suas empresas.  

“É importante a gente entender o tamanho da nossa economia frente o tamanho da economia do mundo. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil frente ao do mundo é o mesmo que o PIB do Maranhão em relação ao resto do país”, compara.

“Se você é uma empresa brasileira que só vende no Brasil, é o mesmo que estar no Maranhão e só vender ali, não aproveitar para vender para outros estados do Nordeste, para São Paulo ou para o Paraná. A gente precisa abrir a mente. Quem está estadual, tem que vender para o nacional. E quem já está no nacional, tem que olhar para o mundo. Se você tem um pedacinho do market share do mundo, isso já é muita coisa, porque a economia do Brasil é muito pequena”, complementa.

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A melhor forma de os empresários se exporem internacionalmente, recomenda Juliano, é integrando comitivas internacionais promovidas pelas federações, participando de feiras e eventos, onde surgem boas oportunidades de negócio.

Juliano Custodio: a importância do hedge

Custodio também falou sobre a importância do empresariado fazer proteção de seus investimentos com operações de hedge, já que por meio delas, é possível reduzir o risco de perda financeira com uma variação abrupta no preço do ativo.

“Todo mundo que exporta e importa deveria como travar suas operações. Muita gente que exporta soja, milho e proteína animal passou muitos anos sem fazer hedge. Agora, com as flutuações mais recentes do câmbio, começou a fazer hedge, que nada mais é do que garantir a cotação do dólar de hoje para os próximos seis meses ou um ano. Qualquer instituição financeira faz isso para os empresários”, indica, ressaltando a relevância de se proteger dos riscos internos.

“Todo ruído político dos últimos anos não foi bom para o Brasil, mas foi bom para uma coisa: abrir os olhos dos brasileiros para as oportunidades do exterior. Quando o brasileiro entendeu que todos os riscos daqui afetam os investimentos e que é possível se proteger em dólar, ele passou a olhar para fora”, avalia.

O que a EQI oferece para os clientes

Dentre as soluções que a EQI Investimentos oferece às empresas estão operações de câmbio e hedge, financiamentos e assessoria em processos de fusão e aquisição, explica Custodio.

“Nós queremos contar que existe mercado financeiro fora de São Paulo. Os mercados regionais são muito fortes, mas eles não têm acesso ao capital. É preciso ir para São Paulo buscar. A gente montou uma instituição financeira no Sul do país, a fim de oferecer esse capital para o empresário que quer crescer”, diz.

“Temos uma área de investment banking em que damos tanto o crédito para os novos negócios como ajudamos nos processos de M&A. Se você está procurando uma empresa pequena em Minas Gerais, por exemplo, para começar seu negócio lá, mas sem ser do zero, a EQI ajuda a encontrar essa empresa e dá o crédito para fechar o negócio. Emprestamos o dinheiro e auxiliamos no M&A”, simplifica.

Democratização dos investimentos

Juliano Custodio também relembrou sua trajetória na EQI, que começou com o blog, hoje portal EuQueroInvestir, há 15 anos, quando o mercado financeiro se resumia a cinco grandes bancos e a educação financeira era acessível a poucos.

“Comecei a escrever no blog, explicando o que é um CDB, como sair da poupança e começar a investir e o investidor brasileiro começou a entender que poderia confiar em uma plataforma de investimentos. Isso pulverizou os investimentos”, conta.

“Os independentes representavam apenas 2% do mercado, hoje somos 20% do mercado. Ainda é pouco, se você pensar que os cinco grandes bancos detêm 80% do mercado. Mas essa pequena mudança já alterou o cenário e fez surgir novas e importantes empresas. Essa revolução começou com a confiança das pessoas em direcionar os investimentos para as plataformas. E, agora, essas mesmas pessoas buscam o crédito junto a essas novas empresas do mercado financeiro”, analisa Juliano Custodio.

Abaixo, veja a entrevista na íntegra.