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InterCement avalia vender 100% do negócio no país ou buscar um sócio relevante

InterCement avalia vender 100% do negócio no país ou buscar um sócio relevante

A InterCement, cimenteira controlada pela Mover, ex-Camargo Corrêa, está à procura de um comprador ou um parceiro para o seu negócio de cimento no Brasil, segundo o jornal Valor Econômico. 

A empresa, que é a segunda maior do setor no país, com capacidade de 17,2 milhões de toneladas por ano, contratou o banco BTG Pactual (BPAC11) para conduzir o processo, que deve receber propostas vinculantes até o fim do mês.

A InterCement também está vendendo sua fatia na Loma Negra, na Argentina, onde já tem a Votorantim Cimentos como sócia majoritária, com 51,4% das ações. A Votorantim pode aumentar sua participação na empresa argentina, mas não tem interesse em comprar a totalidade dos ativos da InterCement no Brasil, pois isso geraria problemas com o Cade, o órgão de defesa da concorrência.

InterCement: dono da CSN está interessado em comprar a cimenteira

Uma das interessadas pelo negócio no Brasil é a CSN (CSNA3), de Benjamin Steinbruch, que já tentou comprar a InterCement no passado, mas não teve sucesso. Agora, os controladores da cimenteira estão mais abertos à negociação, de acordo com o jornal Valor Econômico. 

A CSN quer ampliar sua divisão de cimento, que já cresceu em 2021 com a aquisição dos ativos da LafargeHolcim no Brasil, por US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,2 bilhões.

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Em novembro, a CSN contratou o Morgan Stanley para auxiliar nas conversas sobre a InterCement, que ainda estavam em “fase preliminar”. Se a compra se concretizar, a CSN ficaria próxima da líder Votorantim Cimentos, que tem capacidade de 34,9 milhões de toneladas por ano.

Apesar disso, o jornal destaca que a venda integral dos ativos da InterCement no Brasil é difícil, pois há uma concentração de produção, que inviabiliza a compra por fabricantes menores. Com base no valor pago pela CSN pela Lafarge, que tinha capacidade de 10,3 milhões de toneladas, a operação da InterCement poderia superar US$ 1,6 bilhão, cerca de R$ 8 bilhões.

No entanto, a cimenteira tem plantas paradas por tempo indeterminado e fábricas que precisam de investimentos, o que pode reduzir o apetite dos compradores. Endividada, a empresa vem se desfazendo de ativos nos últimos meses.

China pode entrar no negócio

O Valor Econômico ainda aponta que uma outra alternativa seria uma negociação internacional. A empresa chinesa Huaxin Cement estava de olho no negócio em novembro passado. A empresa é uma das maiores produtoras de cimento da China, com capacidade de 100 milhões de toneladas por ano.