A Alphabet (GOOG; GOGL34), empresa-mãe do Google, anunciou um marco na computação quântica: um computador equipado com o chip quântico Willow, capaz de resolver em apenas cinco minutos problemas que levariam supercomputadores clássicos cerca de 10 septilhões de anos para calcular. Para se ter uma ideia, esse tempo supera a idade estimada do universo.
O novo computador quântico não apenas ultrapassou a capacidade de máquinas tradicionais, como também marcou um avanço em relação à primeira demonstração quântica do Google, realizada há cinco anos.
Na época, a empresa afirmou que seu sistema havia resolvido em minutos um problema que exigiria 10 mil anos de computação clássica.
Apesar do poder teórico, o grande desafio do Google agora é encontrar uma aplicação prática para essa tecnologia. Atualmente, o algoritmo utilizado no teste não possui uso direto conhecido, mas Hartmut Neven, fundador da Google Quantum AI, afirma que isso é um passo essencial:
“Se você não consegue superar ao menos um problema, não vencerá em problemas úteis também”, destacou Neven.
O Google prevê apresentar uma aplicação prática em 2024, algo que seria impossível para computadores tradicionais.
O avanço do Google ocorre em um cenário de intensa competição. Governos, empresas de tecnologia e investidores privados já destinaram bilhões de dólares à computação quântica, atraídos por seu potencial de revolucionar setores comerciais e militares com velocidades milhões de vezes superiores às dos computadores convencionais.
No entanto, a computação quântica ainda enfrenta alguns desafios. Por operar com partículas subatômicas, os sistemas precisam de condições extremamente controladas, como temperaturas próximas ao zero absoluto, para evitar erros causados por interferências externas.
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O chip Willow, desenvolvido pelo Google, foi projetado para reduzir essas taxas de erro. Segundo um artigo publicado na Nature, essa melhoria abre caminho para a construção de computadores quânticos maiores e mais eficientes, o que pode viabilizar a avaliação de custos em aplicações reais.
O Google utiliza qubits supercondutores, uma das várias tecnologias que competem na corrida quântica. Essa abordagem é compartilhada por gigantes como IBM (IBM; IBMB34) e Amazon (AMZN; AMZO34). Contudo, a Alphabet também diversifica seus investimentos.
Recentemente, apostou na QuEra Computing Inc., que utiliza qubits baseados em átomos neutros, explorando alternativas que podem oferecer vantagens futuras.
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