As ações da Alphabet (GOOG; GOGL34), controladora do Google, sofreram impacto após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) intensificar sua pressão para que a gigante da tecnologia venda seu navegador Chrome e reformule sua atuação no mercado de buscadores. A queda nesta sexta-feira (22) chegou a passar de 1%.
Em audiência realizada na última quarta-feira (20), o DOJ solicitou ao juiz federal Amit Mehta que ordene a venda do Chrome, o navegador mais utilizado globalmente, além de exigir alterações no funcionamento do mecanismo de busca da empresa no sistema operacional Android.
O navegador Chrome é considerado um dos negócios estratégicos dos negócios do Google, pois atua como uma das principais plataformas para coleta de dados de usuários, dados estes utilizados para impulsionar a publicidade direcionada, uma das maiores fontes de receita da companhia.
Chorme superou Internet Explorer e Edge
O Chorme cresceu de forma intensa nos últimos anos, batendo alguns concorrentes no mercado de navegadores da internet, incluindo o Internet Explorer, da Microsoft, que dominava o mercado desde os anos 1990, e seu sucessor o Edge.
A medida proposta pelo DOJ faz parte de uma ação antitruste contra o Google, que há tempos enfrenta acusações de práticas monopolistas no setor de tecnologia. Caso a venda seja imposta, o impacto pode redefinir não apenas a estrutura do mercado digital, mas também a capacidade da Alphabet de integrar seus serviços e plataformas.
A Alphabet divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre (3TRI24), superando as projeções de lucro e receita. O lucro por ação da big tech foi de US$ 2,12, acima dos US$ 1,85 previstos pela LSEG.
A receita total atingiu US$ 88,27 bilhões, também superando a estimativa de US$ 86,30 bilhões. O crescimento da receita, de 15% em relação ao ano anterior, reflete um desempenho mais sólido do que o registrado no mesmo trimestre de 2022.
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