A Gol (GOLL4) anunciou a aprovação de um aumento de capital no valor de R$ 1,46 milhão.
Antes deste aumento, o capital social da empresa era de R$ 4,19 bilhões, dividido em 3,2 bilhões de ações. Com o aumento, o capital social continuará sendo de R$ 4,19 bilhões.
A decisão de aumentar o capital da GOL foi aprovada pelo Conselho de Administração em uma reunião realizada ontem (18).
Segundo a GOL, o aumento ocorreu devido ao exercício de opções de compra de ações pelos participantes do Plano de Opção de Compra de Ações da Companhia.
Como resultado do aumento de capital, foram emitidas 561.014 ações preferenciais. Essas ações são idênticas às ações preferenciais já existentes e terão os mesmos direitos. O preço de emissão das ações foi de R$ 2,62 por ação.
Os atuais acionistas da Companhia não terão preferência para a subscrição das ações emitidas no âmbito do aumento de capital. O percentual de diluição resultante da emissão é de aproximadamente 0,0175%.
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- Gol considera recuperação judicial nos EUA
Gol avalia pedir recuperação judicial nos EUA
A Gol está avaliando a possibilidade de solicitar recuperação judicial nos Estados Unidos no próximo mês, segundo informações do jornal Folha de São Paulo.
Fontes próximas à Gol sugerem que a adesão ao Capítulo 11 da lei de falências dos EUA poderia ser mais benéfica do que a recuperação judicial no Brasil, pois abriria mais oportunidades de financiamento no exterior.
A empresa planeja passar as próximas semanas desenvolvendo um plano de reestruturação de dívidas fora do tribunal. No entanto, essa opção está se mostrando inviável devido à variedade de interesses envolvidos, incluindo credores financeiros, arrendadores de aeronaves e investidores com títulos de dívida da companhia.
A Gol contratou vários consultores e advogados para auxiliar no processo. A Abra, holding que controla a Gol e resulta da fusão com a Avianca da Colômbia, contratou o escritório Pinheiro Guimarães Advogados. A companhia aérea também conta com a assessoria de Milbank, Lefosse e TWK, e contratou a consultoria da Seabury Capital, uma das maiores em reestruturação de dívida no setor aéreo.
A principal tarefa da Seabury é encontrar uma solução com os cerca de 25 arrendadores de aeronaves para renegociar a dívida financeira. As agências de risco informam que a dívida financeira da Gol é de R$ 20 bilhões, dos quais cerca de R$ 3 bilhões vencem no curto prazo (em até 12 meses). A empresa, no entanto, não tem caixa suficiente para cumprir esses compromissos.