A ExxonMobil, uma das maiores petroleiras do mundo, está negociando a aquisição da Pioneer Natural Resources, empresa que detém reservas de xisto, entre outros minerais. Segundo informações do The Wall Street Journal, a negociação pode atingir o patamar de US$ 60 bilhões.
A notícia fez a cotação da Pioneer disparar mais de 10% no pregão de sexta-feira da Bolsa de Nova York (NYSE), passando de US$ 215 para acima de US$ 235. O preço das ações, negociadas com o ticket PXD, segue em alta nesta segunda-feira (9).

Já os papéis da ExxonMobil, negociados com o ticker XOM, se valorizaram acima dos 3% nesta segunda puxados pela alta do petróleo, em decorrência do recrudescimento do conflito entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio.

De acordo com o noticiário econômico nos EUA, a união com a Pioneer tornará a Exxon líder na produção de petróleo, com possibilidade de alcançar a marca de 1,2 milhão de barris por dia, especialmente em áreas operadas na chamada Bacia Permiana, nos estados de Texas e Novo México.
A empresa conjunta também lideraria no país a produção de óleo de xisto, hidrocarboneto visto como uma alternativa ao petróleo na produção de combustíveis. Além de ser provavelmente a maior aquisição empresarial do ano, seria ainda a mais operação no setor de petróleo desde a fusão da própria Exxon com a Mobil, em 1999.
A Pioneer tem sido vista com interesse pelo mercado desde abril, quando seu fundador e CEO, Scott Sheffield, que atua no ramo desde os anos 1970, falou em se aposentar.
Sob seu comando, a empresa persistiu nas operações na Bacia Permiana quando muitas empresas, entre elas a Exxon, a abandonaram em busca de operações mais rentáveis no exterior, quando as inovações que permitiram a operação nas rochas de xisto tornaram-se comercialmente viáveis e reergueram o local.
Agora, com caixa reforçado pelo lucro de US$ 59 bilhões no ano fiscal de 2022, fruto da alta do petróleo impulsionada pela invasão da Rússia à Ucrânia, a ExxonMobil parece pronta a ampliar seus tentáculos mais uma vez. Oficialmente, as duas empresas não se pronunciaram.