A inteligência artificial (IA) tem provocado uma verdadeira “corrida do ouro” entre as Big Techs e o megainvestidor Elon Musk entrou na disputa ao colocar na praça a X.AI Corp, sua nova empresa.
Isso porque o futuro da experiência – seja ela qual for – vai passar pela inteligência artificial, e este é um caminho sem volta.
Tanto é assim que o CEO do Google, Sundar Pichai, deu um alarmante recado ao mercado acerca da tecnologia e tudo o que está por vir.
Ele disse, claramente, que esta será a tecnologia mais transformadora que a humanidade já experimentou. “Mais do que o fogo, a eletricidade ou qualquer outra coisa feita no passado”.
Ele frisou que o problema da desinformação e das imagens falsas será muito maior do que se possa imaginar e irá causar muitos danos.
Entretanto, fez um adendo positivo ao afirmar que um contingente muito grande de pessoas está interessado em pensar a IA, de maneira que ela seja idealizada de forma proativa e assim permaneça. Porém, elencou que é mais do que necessário uma regulamentação adequada.
X.AI Corp, de Elon Musk
Apesar das perspectivas inicialmente sombrias, há muito de positivo e proativo na IA, a exemplo da utilização em atendimento médico e até cirúrgico à distância.
Empresas como o próprio Google e Facebook, por exemplo, trabalham em seus óculos de realidade aumentada para, por meio da inteligência artificial e do metaverso, criar ambientes corporativos à distância, ambientes clínicos e também jurídicos.
É, literalmente, um mundo sem paredes, fronteiras geográficas e limitações físicas. E é aí que está o grande interesse de Musk, com a X.AI.
O megaempresário sabe dos potenciais à frente, tem conhecimento privilegiado dos produtos e serviços que estão em fase de testes nas Big Techs e não quer ficar para trás.
Sua nova companhia está sediada em Nevada, nos Estados Unidos, e ele comprou 10 mil equipamentos da Nvidia que são fundamentais para treinamento de IA.
À imprensa segmentada, disse abertamente que tanto o Twitter quanto a Tesla precisa desses equipamentos. Por conta de sua fala, já há uma especulação de que o empresário irá integrar a X.AI com a fabricante de veículos elétricos, com a SpaceX, e com a rede social.
Concorrência com ChatGPT
A nova empresa de Musk irá concorrer com o ChatGPT, inteligência artificial desenvolvida pela OpenAI, empresa a qual o megaempresário era sócio investidor até meados de 2015.
Ele fundou a OpenAI junto com Sam Altman naquele ano, mas rompeu a sociedade em 2018 por não concordar com os rumos.
À época, disse que o ChatGPT era “assustadoramente bom”, mas recentemente tem feito muitas críticas à ferramenta. Até chegou a dizer que o ChatGPT é treinado para ser “woke”, o que em tradução literal significa um conceito sobre quem tem consciência social sobre racismo, homofobia e outras causas, o que segundo ele não faz sentido já que a tecnologia precisa ser agnóstica.
Vale lembrar que, atualmente, a OpenAI tem parceria com a Microsoft, que é uma espécie de sócia investidora. A empresa de Bill Gates aportou US$ 10 bilhões na ferramenta.
Carta aberta
O movimento por parte de Musk, de apresentar sua própria empresa de IA ao mercado, já era esperado. Ainda assim, não deixa de ser um contrassenso, visto que ele encabeçou a assinatura de uma carta aberta, recentemente, contra a própria inteligência artificial.
Além dele, Steve Wozniak também assinou o documento que pede que os laboratórios de IA parem imediatamente de trabalhar nestes sistemas enquanto se avalia melhor os riscos que a inteligência artificial avançada representa para a humanidade.
“Qualquer pausa deve ser pública e verificável e incluir todos os principais atores”, disse a carta. O documento também aponta que os desenvolvimentos acelerados dos últimos meses ressaltam a necessidade de ação drástica com “laboratórios travados em uma corrida fora de controle” para desenvolver e implantar sistemas cada vez mais poderosos que ninguém – incluindo seus criadores – pode entender, prever ou controlar.
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