A Moody’s concedeu ao Banco Alfa ($BRIV4) uma avaliação de perfil de risco de crédito, conhecida como BCA (na sigla em inglês), de ba2. Esta avaliação é um reflexo da gestão de risco conservadora do banco, que possui um histórico consistente de bons indicadores de qualidade de ativos.
O Alfa, além disso, apresenta uma rentabilidade estável e mantém uma posição de capital sólida ao longo dos ciclos econômicos. Esses fatores atenuam a estrutura de captação do Alfa.
A avaliação de depósito em moeda local do Alfa, Ba2, que se baseia na BCA ba2, encontra-se no mesmo patamar da avaliação Ba2 atribuída aos títulos de dívida do governo brasileiro.
Em outubro, o Banco Safra obteve todas as aprovações regulatórias necessárias e finalizou a aquisição do Alfa, a qual havia sido anunciada em novembro de 2022.
Moody’s apresenta os fatores para o perfil de risco de crédito do Alfa
O Banco Alfa conquistou o perfil de crédito ba2 da Moody’s devido a uma série de fatores positivos e desafios bem gerenciados.
Os pontos fortes de crédito do Banco Alfa incluem métricas de qualidade de crédito robustas, que se mantiveram fortes durante diferentes ciclos econômicos, graças à política de crédito conservadora da administração.
O banco também possui um colchão de capital significativo, que, combinado com uma política de provisionamento prudente, oferece proteção contra grandes eventos de inadimplência.
Além disso, o Banco Alfa tem um histórico de fluxo estável de resultados, beneficiando-se de uma gestão de riscos disciplinada e de uma base de clientes de longa data.
No entanto, o banco também enfrenta desafios de crédito. A base de captação da Alfa tem um perfil mais concentrado e sensível ao mercado. No entanto, o risco é mitigado pela gestão de liquidez conservadora do banco.
A perspectiva para o rating é estável, alinhada com a perspectiva do rating soberano do Brasil. Embora exista uma pressão de alta limitada nos ratings do banco neste momento, fatores que poderiam levar a um rebaixamento dos ratings incluem um aumento da tolerância em relação aos riscos de crédito, de mercado ou operacionais, e um ambiente macroeconômico persistentemente fraco.
Esses fatores poderiam aumentar a volatilidade dos resultados e exercer pressão negativa sobre a base de capital do Alfa, além de reduzir os lucros recorrentes do banco e a qualidade dos ativos.