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Azul pede recuperação judicial nos EUA e garante US$ 1,6 bi em financiamento

Azul pede recuperação judicial nos EUA e garante US$ 1,6 bi em financiamento

Azul pede recuperação judicial nos EUA por meio de um processo voluntário sob o regime do Chapter 11. 

A companhia aérea anunciou a obtenção de aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP (debtor-in-possession) e revelou planos para eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas como parte de sua estratégia de reestruturação.

O processo conta com o apoio dos principais stakeholders da Azul, incluindo United Airlines, American Airlines e a arrendadora AerCap. 

Segundo a empresa, a medida visa reformular sua estrutura de capital após os impactos da pandemia de COVID-19, as turbulências macroeconômicas e os desafios na cadeia de suprimentos do setor aéreo.

Apoio estratégico enquanto Azul pede recuperação judicial

A United Airlines e a American Airlines podem investir até US$ 300 milhões a mais na Azul. A AerCap, responsável pela maior parte das obrigações de leasing da companhia, formalizou um acordo de apoio ao processo de recuperação judicial.

“A United começou sua parceria com a Azul em 2014 e investiu na empresa em 2015”, declarou Andrew Nocella, Vice-Presidente Executivo da United Airlines. Segundo ele, a colaboração já conectou “centenas de milhares de passageiros”.

Stephen Johnson, da American Airlines, declarou estar “confiante de que o plano da Azul trará benefícios importantes para o mercado de aviação brasileiro”. A American atua na América Latina desde 1942 e atualmente voa para 14 destinos na América do Sul.

Estrutura financeira da Azul durante o Chapter 11

O financiamento DIP garantido pela Azul será utilizado para refinanciar dívidas existentes e prover cerca de US$ 670 milhões em nova liquidez durante o processo. Como parte da saída do Chapter 11, está prevista uma oferta de subscrição de ações de até US$ 650 milhões, com garantia firme de investidores.

“Esses acordos marcam um passo significativo na transformação do nosso negócio”, afirmou John Rodgerson, CEO da Azul. Segundo ele, a empresa utilizará o processo para “criar uma companhia aérea robusta, resiliente e líder”.

Operações continuam normalmente

Mesmo enquanto a Azul pede recuperação judicial, suas operações seguem normalmente. A empresa garantiu a manutenção de todos os bilhetes emitidos, pontos do programa de fidelidade e benefícios aos clientes. Também foram preservados os compromissos com tripulantes e fornecedores.

A companhia opera cerca de 1 mil voos diários para mais de 150 destinos, com uma frota superior a 180 aeronaves e mais de 15 mil tripulantes. Em 2023, foi reconhecida pela Cirium como uma das duas companhias aéreas mais pontuais do mundo.

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Transparência no processo de recuperação judicial

Para garantir transparência enquanto a Azul pede recuperação judicial, a empresa criou um comitê independente especial responsável por supervisionar a reorganização, incluindo negociações, financiamentos e acompanhamento dos assessores envolvidos.

A Azul conta com a assessoria jurídica de Davis Polk & Wardwell, White & Case e Pinheiro Neto Advogados, além do apoio financeiro da FTI Consulting e da Guggenheim Securities.

Como consequência do Chapter 11, a companhia informou a descontinuidade das projeções financeiras anteriormente divulgadas para 2025.