A Apple (AAPL; $AAPL34) está prestes a implementar uma das mudanças mais significativas em sua estratégia de software: a reformulação da nomenclatura de seus sistemas operacionais. A palavra-chave desta transformação é “consistência”. A partir do próximo ciclo de lançamentos, a Apple abandonará os tradicionais números sequenciais — como o atual iOS 18 — para adotar nomes baseados no ano, começando com “iOS 26”.
De acordo com fontes próximas ao plano, que ainda não foi oficialmente confirmado pela empresa, a alteração também afetará todos os outros sistemas: iPadOS, macOS, watchOS, tvOS e visionOS, que passarão a ser identificados como “26”. A ideia é padronizar a comunicação e eliminar a confusão gerada por diferentes números de versão, consequência do lançamento inicial de cada sistema ter ocorrido em anos distintos.
Por que a Apple está fazendo essa mudança?
A principal motivação da Apple é criar uma identidade mais clara e coesa entre seus produtos. Atualmente, consumidores e desenvolvedores precisam lidar com versões como iOS 18, macOS 15 e watchOS 12, o que pode gerar confusão na hora de compreender quais sistemas são contemporâneos.
A mudança também segue uma tendência já consolidada por outras gigantes da tecnologia. A Samsung, por exemplo, renomeou sua linha de smartphones para Galaxy S20 em 2020, após o Galaxy S10, alinhando os modelos ao ano de lançamento. A Microsoft (MSFT; $MSFT34) fez algo semelhante nos anos 1990, com produtos como Windows 95 e Windows 98.
No entanto, há uma diferença estratégica: a Apple usará o ano seguinte ao lançamento para nomear seus sistemas. Assim, os softwares lançados no final de 2025 levarão a marca de 2026, em uma lógica parecida com a da indústria automotiva.
Novidades além da nomenclatura: nova interface e recursos de IA
A mudança nos nomes faz parte de uma atualização mais ampla, que inclui um novo design de interface, conhecido internamente como “Solarium”. Esse visual será aplicado a todos os sistemas operacionais da Apple, com o objetivo de oferecer uma experiência mais integrada ao usuário que transita entre diferentes dispositivos, como o iPhone, iPad, Apple Watch e Vision Pro.
Além disso, a Apple está ampliando suas ferramentas de inteligência artificial (IA). A empresa permitirá que desenvolvedores terceirizados utilizem os modelos subjacentes à plataforma Apple Intelligence, o que promete acelerar a criação de novos aplicativos e recursos.
Entre as novidades previstas para este ano estão:
- Tradução ao vivo para os AirPods e para a Siri;
- Controle ocular no headset Vision Pro;
- Recursos de saúde e gerenciamento de bateria com suporte de IA;
- Novo teclado bidirecional em árabe e inglês;
- Caneta de caligrafia digital para o Apple Pencil;
- Aplicativo dedicado para jogos em dispositivos Apple.
Impacto na experiência do usuário
Um dos principais efeitos dessa mudança será uma maior aproximação entre o iPad e o Mac, com foco na produtividade e no uso profissional. Isso reforça a visão da Apple de que seus dispositivos devem oferecer uma experiência fluida, independentemente da categoria.
A unificação da nomenclatura pode parecer apenas simbólica, mas na prática simplifica a comunicação, melhora o entendimento do consumidor e fortalece a marca Apple como um ecossistema unificado.
Anúncio oficial está marcado para junho
A Apple deve anunciar oficialmente a nova estratégia durante a sua Conferência Mundial de Desenvolvedores (WWDC), que ocorrerá no dia 9 de junho. Até lá, a expectativa do mercado é grande, e analistas avaliam que a decisão reforça a maturidade da empresa em alinhar seu software às demandas contemporâneas por clareza, integração e inovação.
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