A Americanas (AMER3) retomou o processo de busca por compradores para a rede de hortifrúti Natural da Terra, segundo uma reportagem do InvestNews. O BR Partners (BRBI11) conduz a coleta de ofertas não vinculantes, que deverá ser concluída até o fim de agosto. Fontes próximas à operação afirmaram ao veículo que a varejista já recebeu propostas e irá avaliar se avança com alguma delas.
A venda da Natural da Terra faz parte do compromisso da Americanas com seus credores e é um dos pontos centrais do plano de recuperação judicial. Apesar disso, após a crise desencadeada pela descoberta de uma fraude contábil, a companhia considerou insatisfatórias as ofertas anteriores.
Adquirida em 2021 por R$ 2,1 bilhões, a rede chegou a receber propostas entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão no auge da crise, mas nenhuma transação foi fechada. Atualmente, a Natural da Terra conta com mais de 70 lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, e registrou faturamento de R$ 1,8 bilhão em 2023, segundo dados mais recentes da própria empresa.
Em março, o presidente da Americanas, Leonardo Coelho, afirmou em entrevista à Reuters que a rede poderia permanecer no portfólio do grupo caso as propostas não atinjam o valor considerado justo.
Segundo ele, “dentro do plano, a obrigação é conduzir o processo de venda, mas não necessariamente vender”, destacando que o Natural da Terra é um ativo complementar que ajuda nas operações do dia a dia, embora não seja essencial.
Caso a venda não se concretize, os ativos continuarão no portfólio da companhia. Porém, se a varejista deixar de cumprir obrigações previstas em suas debêntures, os credores poderão executar as garantias e vender o ativo futuramente.
Como estratégia para atrair mais interessados, a Americanas dividiu as operações da Natural da Terra entre São Paulo e Rio de Janeiro, permitindo negociações separadas ou conjuntas.
Outro ativo colocado à venda, mas ainda sem avanços relevantes, é a Uni.co, dona das marcas Puket e Imaginarium.
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A varejista está em busca de novas propostas para a venda da rede de hortifrúti Natural da Terra, processo conduzido pelo BR Partners e com prazo para ofertas não vinculantes até o fim de agosto.
O ativo é um dos pontos centrais do plano de recuperação judicial da companhia e faz parte do compromisso assumido com credores para reduzir dívidas.
A Americanas comprou a Natural da Terra em 2021 por R$ 2,1 bilhões. No auge da crise, recebeu propostas entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão, mas considerou os valores insatisfatórios e não fechou negócio.
A rede foi dividida em duas operações — São Paulo e Rio de Janeiro — para permitir negociações separadas ou conjuntas, ampliando o leque de interessados.
Se não houver acordo, o ativo permanece com a Americanas. No entanto, caso a empresa descumpra obrigações de suas debêntures, os credores podem executar as garantias e vender a rede futuramente.