O agronegócio brasileiro deve colher 313,9 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/23, um crescimento de 15,2%, ou 41,4 milhões de toneladas em valores brutos, em relação à safra anterior. O número faz parte de projeções atualizadas para a safra 2023/23 do agronegócio divulgadas nesta quinta-feira pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
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Segundo a estatal, a boa produtividade nas colheitas já realizadas permitiu a atualização para uma projeção mais otimista. O desempenho médio estimado nas lavouras do país também tende a ser o melhor já registrado, sendo projetado a 4.048 quilos por hectare, e ultrapassa a média estimada do ano safra 2016/17, a melhor da série histórica. A área também deve apresentar incremento de 4%, com projeção de 77,5 milhões de hectares.
“Esse rendimento é atingido mesmo em um ano-safra sob influência do fenômeno La Niña, sobretudo no início da safra, mas em uma menor escala. Se compararmos com a safra passada, o clima adverso teve impacto no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e parte do Mato Grosso do Sul. Já neste ciclo os efeitos foram mais concentrados no Rio Grande do Sul”, analisa o gerente de Acompanhamento de Safras, Fabiano Vasconcellos.
Safra 2023/23 do agronegócio: soja aumenta participação
A soja continua sendo o principal produto do agronegócio brasileiro, com estimativa é de uma produção recorde em 154,8 milhões de toneladas, volume 23,3% superior à safra passada, resultado da melhora das produtividades e maior área plantada.
O Brasil se consolidou nos últimos anos como o maior produtor mundial de soja, e o grão deve aumentar sua participação no rendimento do setor, com uma cadeia produtiva, incluída a produção de biodiesel, avaliada em 27% do PIB do agronegócio, ou cerca de R$ 670 bilhões – ou perto de 7% do PIB total do país. Em 2010, essas fatias eram respectivamente de 9% e 2%.
Para a safra atual, a Conab também projeta aumento nas exportações, com embarque de cerca de 95 milhões de toneladas do grão. O óleo e o farelo de soja também possuem perspectivas positivas, sendo projetadas um envio ao mercado internacional de 2,6 milhões de toneladas e 20,66 milhões de toneladas, respectivamente.
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Safra 2023/23 do agronegócio: milho também amplia produção
Importante cultura na 2ª safra, o milho tem uma produção total estimada em 125,5 milhões de toneladas, alta de 12,4 milhões de toneladas em relação à safra 2021/22. Na primeira safra do grão, semeada em uma área de 4,4 milhões de hectares e com a colheita finalizada, o volume de produção atingiu cerca de 27 milhões de toneladas, 8,1% acima da safra anterior, mesmo com os problemas climáticos registrados no Rio Grande do Sul.
Já para a segunda safra é esperada uma colheita de 96,1 milhões de toneladas. A cultura já está semeada e cerca de 74,4% das lavouras se encontram em floração e enchimento de grãos. “Nesses estágios, o clima ainda é um fator preponderante e a Conab irá acompanhar o desenvolvimento da cultura”, pondera Vasconcellos.
A Conab também projeta aumento de exportações para o milho, com embarques estimados de 48 milhões de toneladas, enquanto 79,3 milhões de toneladas do cereal serão destinados ao consumo interno, alta de 6,5% em relação à safra anterior. Ainda assim, é esperado um incremento nos estoques de passagem do grão de 1,1%, projetado em 8,2 milhões de toneladas.
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Safra 2023/23 do agronegócio: algodão e feijão também com boas perspectivas
O algodão também terá forte aumento na produção 2022/23, com cerca 2,9 milhões de toneladas de pluma, elevação de 13,6% em relação à safra passada, graças a uma melhora nas condições climáticas e ao incremento da área cultivada.
No caso do feijão, as boas condições climáticas registradas durante o desenvolvimento da 2ª safra da cultura impactam positivamente na produtividade e também refletem em maior expectativa de produção. No Paraná, a melhora do desempenho das lavouras de feijão tipo cores chega a 16,2%, saindo de 1.687 quilos por hectare para 1.960 kg/ha, o que resulta num incremento de 6,3% na expectativa da produção no estado.
Em Minas Gerais, outro importante estado produtor, além do aumento de produtividade houve uma maior área destinada para o grão. Assim, a nova estimativa para a produção total de feijão ultrapassa as 3 milhões de toneladas.
Já para o arroz, a produção estimada para a safra 2022/23 é de 9,94 milhões de toneladas, resultado da queda na área destinada ao produto, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão.
Dentre as culturas de inverno, a Conab trouxe neste levantamento as intenções de plantio dos produtores. Destaque para o trigo, principal grão cultivado. É esperado um aumento de 7% na área plantada, podendo chegar a 3,3 milhões de hectares, enquanto a produção projetada para o cereal é de 9,6 milhões de toneladas.
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