Júlia Wazlawick, embaixadora da Necton Investimentos, foi uma das palestrantes do Money Week, evento on-line gratuito que termina nesta sexta-feira (29).
O tema apresentado pela criadora do DescomplicaJu foi fundos imobiliários.
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O que são fundos imobiliários?
Se você for um investidor iniciante, pode estar se perguntando o que são fundos de investimento imobiliário ou FIIs. Julia Wazlawick explica que são como se fossem um condomínio de investidores que juntam recursos e aplicam em conjunto no mercado imobiliário.
“A partir deste momento, o lucro obtidos com essas operações é distribuído aos participantes, na proporção do investimento de cada um deles”. Ou seja, com os fundos, é possível viver do dinheiro de aluguel de imóveis sem ter que se preocupar com condomínio, IPTU e ainda sem ter a necessidade da compra de um imóvel.
Como investir nos FIIs?
Os fundos imobiliários se propõem a formar um patrimônio e, com isso, investir em imóveis. O fundo pode ser usado para construir ou comprar imóveis que, depois, serão vendidos ou locados.
Mas como eu invisto neles e o que devo analisar?
“Os fundos imobiliários são identificados no pregão pelo ticker, um código que consiste em quatro letras maiúsculas seguidas do número onze. Mas tome cuidado: nem sempre tickers com final onze são de fundos imobiliários. Então, é sempre bom confirmar o nome do ativo antes de entrar”, orienta Júlia.
Quem investe em fundos imobiliários está sujeito a custos, ou seja, você deve pagar pelo serviço de administração e gerenciamento, por meio de uma taxa de administração dos fundos imobiliários. Também pode ter uma taxa de performance, que é calculada com base no desempenho do fundo.
A embaixadora da Necton Investimentos alerta quanto à importante de ter conhecimento e informação de qualidade antes de optar por um fundo. “É um grande erro querer comprar uma cota de um fundo imobiliário com base apenas no código e na opinião dos outros”, ela diz.
Veja dicas para escolher fundos imobiliários
O primeiro passo para decidir qual fundo imobiliário escolher é olhar para o setor em que ele opera. Ainda segundo a explicação de Júlia, existem fundos de tijolo, que investem em galpões logísticos, moradias, shoppings e hospitais. E há os fundos de papel, que são atrelados aos CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários), ligados ao setor imobiliário.
Desempenho dos FIIs durante a pandemia
Segundo Júlia, os fundos imobiliários tiveram desempenhos diversos durante a crise de Covid-19.
“Os desempenhos dos fundos de shoppings centers antes da pandemia tiveram um passado glorioso, mas durante a crise, tiveram perda pelo fechamento dos shoppings e o distanciamento social. Por outro lado, durante a pandemia passamos a comprar várias coisas na internet e isso impulsionou os fundos imobiliários de armazéns logísticos que cresceram por conta do e-commerce”.
Portanto, ela orienta novamente, é necessário análise e boa informação. “O ideal é realizar um estudo de caso a caso e entender o contexto econômico antes de comprar uma cota de um fundo”, afirma.
Futuro dos FIIs
O mercado ainda vive um momento desafiador devido à pandemia, mas os fundamentos dos fundos imobiliários continuam sólidos, analisa Julia.
Ela cita como aspectos positivos a aceleração do cronograma de vacinação e a volta das atividades dos shoppings e escritórios. “Temos os juros aumentando, é verdade. Mas, comparando com anos anteriores, tínhamos uma Selic muito maior. Então, já estamos em um momento diferente de mercado”, avalia.
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