Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Money Week
Artigos
Investimento em tijolo, retorno em dólar: especialistas revelam as oportunidades no real estate

Investimento em tijolo, retorno em dólar: especialistas revelam as oportunidades no real estate

Durante a Money Week, evento promovido pela EQI Investimentos em 1º de agosto, em Balneário Camboriú (SC), o painel “Investimento em tijolo, retorno em dólar: O real estate americano para brasileiros” reuniu Douglas Strabelli, fundador e CEO da Sagewood Corporation, e Leonardo Guimarães Corrêa, CFO da Resia e conselheiro de diversas empresas, com mediação de Luís Mangini, gestor de fundos imobiliários da EQI Asset.

O debate apresentou um panorama sobre o mercado imobiliário dos Estados Unidos e estratégias para investidores brasileiros que buscam diversificação e rentabilidade em moeda forte.

Mercado profissionalizado e segurança jurídica

Leonardo Corrêa destacou que o mercado americano de aluguel é altamente profissionalizado, com empreendimentos planejados especificamente para locação.

Segundo ele, essa estrutura traz liquidez e previsibilidade, características fundamentais para investidores que buscam retorno em dólar.

“O mercado possui dados abundantes sobre oferta, demanda e preços, o que garante transparência e facilita decisões”, afirmou.

Publicidade
Publicidade

Corrêa ressaltou ainda que contratos são cumpridos com rigor, a segurança jurídica é sólida e o mercado secundário oferece grande liquidez, tanto para ativos de luxo quanto para o segmento multifamily, voltado à classe média americana.

Eficiência construtiva como diferencial

Douglas Strabelli observou que, apesar de ser uma indústria tradicional, a construção civil nos EUA enfrenta desafios de custo e disponibilidade de mão de obra, frequentemente composta por imigrantes.

Para reduzir prazos e despesas, a Sagewood desenvolveu processos construtivos industriais, como a fabricação de módulos prontos — banheiros e cozinhas — em fábricas especializadas, que chegam aos canteiros de obras totalmente acabados e são instalados com poucas conexões.

“Isso aumenta a velocidade, reduz riscos e melhora a taxa interna de retorno, que é altamente sensível ao fator tempo”, explicou Strabelli.

Demanda crescente e foco regional

Corrêa ressaltou que a base da pirâmide de renda nos EUA está se expandindo, criando demanda consistente por moradias acessíveis para famílias com renda anual entre US$ 80 mil e US$ 100 mil.

Essa tendência, somada a movimentos migratórios internos — como a saída de residentes de Nova York e Califórnia para estados como Flórida e Texas —, impulsiona a procura por empreendimentos bem localizados.

“Analisamos minuciosamente cada região, entendendo quem é o cliente, sua renda e preferências. Até detalhes como o tipo de geladeira podem impactar o valor do aluguel e, no fim, o retorno em dólar para o investidor”, disse Corrêa.

Leia também:

Liquidez e atratividade para o capital institucional

O segmento multifamily representa cerca de 15% do mercado imobiliário americano, que por sua vez responde por metade dos ativos financeiros do país.

Grande parte desses empreendimentos é detida por fundos, endowments e REITs, garantindo liquidez e atratividade para o capital institucional.

Para Strabelli, padronizar projetos e avaliar com rigor terrenos, custos e demanda final é essencial para assegurar que o ativo seja desejado tanto por locatários quanto por compradores.

Proteção e gestão de riscos

O painel também abordou práticas de mitigação de riscos, como seguros wrap-up, que cobrem desde a incorporação até a construção, além de contratos específicos com subcontratados para proteger todas as partes envolvidas.

“O importante é estruturar o projeto para que seja financeiramente viável, juridicamente seguro e operacionalmente eficiente”, pontuou Strabelli.